Educar e instruir
Concordo com Hannah Arendt quando esta diz ser, para as crianças, jovens e adolescentes, um ato injustificado separar a educação da instrução e do “ensinar”.
Nunca havia lido Hannah Arendt, pois, talvez erradamente, a via como uma pensadora politica, até que encontrei um pequeno livro publicado em Portugal com o titulo “Quatro textos excêntricos”, em que um dos textos era do grande, para mim, Bertrand Russell, e foi somente por esta razão que comprei o livro. Quão surpreso fiquei ao ler o texto “A crise na educação” de Hannah Arendt. Cabe lembrar ser este um texto de 1957, mas o entendo ainda muito pertinente e atual em sua abordagem, ou pelo menos é coerente com a minha forma de pensar e executar o ato de educar e instruir que eu e minha esposa praticamos com nossos filhos. O texto, logo em seu início discorre assim: “... não é necessária grande imaginação para se avaliarem os perigos decorrentes de uma baixa constante dos padrões elementares ao longo de todo o sistema escolar...”.
O texto como um todo é muito interessante, e concordo muito com ele. Ao seu final ela comenta de forma positiva: “... Não é possível educar sem ao mesmo tempo ensinar. Uma educação sem ensino é vazia e degenera com grande facilidade numa retórica emocional e moral. Mas podemos ensinar sem educar, e podemos continuar a aprender até o fim de nossos dias sem que por esta razão, nos tornemos mais educados...”.
Entendo que a educação séria é uma responsabilidade de todos, mas principalmente dos pais, que jamais devem abrir mão desta responsabilidade para as escolas, por melhores que sejam, sem o que não poderão reclamar do que seus filhos estão a se tornarem. Nunca abri mão desta responsabilidade, como já dito em algumas outras oportunidades, dividi com as escolas a ação de instruir, mas mesmo assim mantive comigo a obrigação maior de participar também desta instrução. Sei que alguns pais infelizmente não tiveram esta mesma sorte, alguns sequer tiveram algo próximo a instrução e educação maior. De qualquer forma esta culpa é da sociedade que ajudamos a manter, e não vou me exceder neste assunto, pois em muitos textos me posiciono claramente contra a aberração de uma sociedade liberal capitalista.
Apesar não ser possuidor de nenhum diploma de nível superior, sou autodidata por princípio, e muitas vezes tive que estudar primeiro para depois rever com meus filhos o seu aprendizado, e reforçar o que entendesse necessário. Meio “heterodoxo”, sempre dei muito mais valor aos conceitos e mostrava aos meus filhos que bem conceituado podemos encontrar vários caminhos para chegar as respostas. Dividia com minha esposa esta responsabilidade deixando para ela as áreas de português, línguas e literatura, pois era muito mais a característica dela até mesmo por sua formação superior na área de português, inglês e literatura inglesa.
Educar sempre foi muito importante para minha família, e tenho de concordar com a Hannah que educar sem instruir, sem “ensinar” é frágil, é um ato incompleto e até mesmo perigoso para o preparo intelectual, e psicológico de quem quer que seja. Como posso educar meus filhos a amarem o mundo, se para as crianças em geral o conceito de mundo ainda é muito abstrato? Como prepara-las para amar algo real se não instrui-las em verdades e em conhecimentos na realidade do que é este mesmo mundo? Como prepara-los a entender o mundo, em sua imanência, materialidade e complexidade, incluindo a vida que nele exuberantemente floresce, um mundo que por educação eu os preparei para amarem, se não instrui-los em ciências naturais, história, geografia, literatura, ciências sociais, e alguma filosofia. Como eles estarão capazes de entender o mundo e a vida que neste mundo floresce e que devem amar sem saberem razoavelmente o que é este mundo, como operam as leis naturais neste mundo, e como complexa é a sociedade humana, sem assim conhecerem alguma física, química, biologia, história geral, historia do Brasil, geografias politicas, humanas, um pouco do que denominamos ciência da mente e muito mais do que isto, e principalmente talvez a importante inter-relação destas linhas de conhecimento, sabendo que o conhecer é cumulativo e inter-relacionado, o que aprendemos em uma área do saber nos ajuda em outra como exemplos, o que aprendemos em física nos ajuda em química e biologia, o que aprendemos em química nos ajuda em biologia e o que aprendemos em matemática, por ser neutra, pode ser aplicada em praticamente qualquer outra área do saber, que uma das maiores dificuldades a ser superadas muitas vezes não é em uma disciplina avulsa, mas o quanto melhorarmos nossa capacidade de interpretação e comunicação, melhoramos em todas as áreas, pois tudo depende de interpretação e percepção.
Sem instrução eles poderão estar aptos a amarem o mundo, mas não conhecerão o mundo como algo real, passando a ser um amor meramente mental, platônico e ideal, mas que nada somará para a realidade vivente que terão de experimentar no dia a dia de suas vidas, ficando assim frágeis, e serão prezas ingênuas que acabarão nas mãos de inescrupulosos vendedores de mentiras, de falsos profetas da salvação, ficando assim perdidos frente ao mundo e a maldade humana, passando a seres alvos fáceis de massa de manobra conforme os interesses políticos, econômicos, seculares ou religiosos.
Entendo que sempre é possível educar, porem educar é difícil, árduo, trabalhoso e nada tem a haver com catequisar ou adestrar. Não educo meus filhos para serem revolucionários, apesar de entender que é necessária uma revolução de nossa humanidade.
Educo meus filhos para que estejam preparados, conhecendo o mundo que os cerca, e a variedade humana com que terão de conviver, dos prepotentes aos humildes, dos quase sábios aos ignorantes, dos que estudam e dos que em tudo acreditam, dos interessados e dos interesseiros, conhecendo a humanidade em seus lados mais torpes, sombrios e desumanos, mas também sabendo que existem ainda dignos seres humanos, e o que os diferencia no geral.
Educo meus filhos para que percebam que a ciência e a matemática são universais, transcendendo a fronteiras, as línguas, as crenças, independentes de leis humanas. A ciência e a matemática são neutras do ponto de vista de validade no mundo todo, e se existirem seres fora da nossa amada terra elas valerão também para eles. A ciência (conhecimento) e a matemática são neutras, pois sendo a ciência uma descoberta do que já aqui está e a matemática uma criação do intelecto humano não precisam de permissões ou autorizações, a própria linguística em si é uma ciência, enquanto, sem menosprezo nenhum, as línguas e as religiões não são universais, mesmo que tentemos faze-las parecer. Isto é uma diferença sutil, mas deveras importante para mostrar que existem conhecimentos que agregam e podem permear todo e qualquer contingente social, enquanto existem conhecimentos que podem, e muitas vezes são utilizados como forma de segregar, os meus e os seus, nossos e deles, minha nação e as demais, existem conhecimentos que são válidos e importantes, mas que acabam acirrando fronteiras e podem acabar em estado de beligerância.
Educo meus filhos, porque simplesmente os amo muito.
Educo meus filhos porque quando os decidi tê-los, assumi a responsabilidade por prepara-los para o mundo que aqui está, inicialmente protegendo-os deste mesmo mundo, em família, que é o melhor lugar de proteger nossos filhos e depois aos poucos preparando-os e libertando-os num mundo que existe antes deles e existirá depois deles, um mundo que deles não necessita diretamente, mas que deles necessita para protege-lo não de seu fim, mas do fim como lar para nossos descendentes.
Educo meus filhos, porque assumo a principal responsabilidade pela educação deles sem abrir mão de suas instruções. Com as escolas dividi a instrução de meus filhos, apesar de saber que também as escolas participam da educação, esta sempre foi para mim uma responsabilidade maior dos pais. Para mim, a principal função das escolas é ensinar as crianças o que o mundo em realidade é, e não tentar inicia-las na arte do viver, esta parte assumo como minha responsabilidade.
Terminando seu texto, como parte do último paragrafo, Hannah Arendt expressa: “ ... A educação é assim o ponto em que se decide se se ama o suficientemente o mundo para assumir responsabilidade por ele e, mais ainda, para o salvar da ruina que seria inevitável sem a renovação, sem a chegada de novos e dos jovens. A educação é também o lugar em que se decide se se ama suficientemente nossas crianças para não as expulsar de nosso mundo deixando-as entregues a si próprias, para não lhes retirar a possibilidade de realizar qualquer coisa de novo, qualquer coisa que não tínhamos previsto, para, ao invés, antecipadamente as preparar para a tarefa de renovação de um mundo comum...”.
Educar é um pouco como dizia Goethe “...Envelhecer é afastar-se gradualmente do mundo das aparências...”. Eu aproveito o conceito do Goethe e adaptaria sua assertiva para : “...Educar é afastar gradualmente nossos filhos da ignorância do mundo das aparências...”. Educar, acrescentaria eu, é elevar continuamente os níveis de instrução global, e ensinos variados, sobre a realidade do mundo, sem abrir mão do preparo mental e psicológico das crianças e jovens, pela humanidade que precisamos encontrar e amadurecer, e pelo amor social que nos deve unir e igualar, não somente para prepara-los para entender o mundo, mas também prepara-los a suportar o mundo como é enquanto uma revolução de nossa humanidade não ocorre.
Educar e instruir devem ser atos contínuos, entendo até que em alguns graus já o são hoje, mas os seus valores relativos percentuais devem variar com o tempo. Quanto mais jovens, maior o empenho necessário em educar e menor empenho em instruir. No meio da infância, em algum momento entre crianças e adolescentes, o emprenho entre educar e instruir deve se nivelar, e a partir daí o empenho na instrução começa cada vez mais a ganhar valor e o empenho na educação vai diminuindo sem nunca acabar por inteiro. Entendo que sempre pode-se educar adultos, mas este esforço já deveria ter sido feito no passado, para educar um adulto o esforço é muito maior, a mente deste está mais preparada para a instrução ou o adestramento. Um adulto mediano traz consigo muitos preconceitos e falhas de percepção que dificulta a educação. A janela para educação ainda existe, mas já não mais está aberta e escancarada para uma educação mais fácil.
Então, porque tentei educar meus filhos?
Eduquei-os para que pudessem aflorar seus lados humanos e sociais, sem desconhecer a realidade aética do mundo e a realidade inerente aos seres humanos que o habitam.
Eduquei-os para que se quiserem ser revolucionários e transformadores, que o sejam, mas não os eduquei para que o sejam necessariamente.
Eduquei-os para se o desejarem, que estejam aptos a ousarem ser o que quiserem, sem serem presas fáceis de falácias catequizadoras ou de oratórias envolventes, que sem bases científicas estejam a serviço de interesses pessoais.
Eduquei-os para estarem preparados para sempre estudarem cada vez mais, para pesquisarem, para usarem suas criatividades em prol do mundo e da vida, para desenvolverem suas curiosidades que os deve naturalmente mover na experimentação sadia do viver e do realizar.
Eduquei-os para sempre questionarem, sendo sempre um pouco céticos, o porquê das coisas, o para que de cada coisa, e o como cada coisa opera no submundo das aparências. Os fenômenos são marcantes, mas são superficiais, o conhecimento profundo que interessa está nos bastidores dos fatos, nas engrenagens e nos mecanismos físicos, químicos, biológicos, mentais e por que não sociais, que agem e obram as coisas.
Eduquei-os para que não acreditem em autoridades do saber, e que duvidem dos que se arvoram iniciados.
Eduquei-os para nunca acreditarem em textos revelados, ditados ou psicografados, quaisquer que sejam. Eduquei-os para nunca acreditarem em nenhum tipo de revelação.
Eduquei-os para questionarem e pesquisarem as fontes. Que real conhecimento possuem no assunto em questão, por mais famosos que sejam? Fama nunca foi conhecimento.
Eduquei-os para buscarem sempre o que a verdadeira ciência tem a falar sobre o assunto.
Eduquei-os para diferenciarem ciência de pseudociência, para diferenciarem desejo de saber, para diferenciarem vontade e querer de verdades, para diferenciarem o que deveria ser do que realmente é. Para saberem que a verdade não tem que ser bela, ou que a verdade não precisa ser intuitiva, pelo contrário a verdade muitas vezes é contra intuitiva e feia.
Eduquei-os para diferenciar valores de verdades.
Eduquei-os para entenderem probabilidades e impossibilidades.
Eduquei-os para entenderem que a estatística pode falar muitas verdades, mas que nas mãos inescrupulosas a mesma estatística pode falar muitas mentiras, e a maioria sequer sabe realmente o que é uma estatística verdadeira. Assim a estatística pode ser uma arma para indução de mentiras.
Eduquei-os para entenderem que o nosso cérebro é falho e assim nossa mente prega muitas peças em nós.
Eduquei-os para entender que mesmo probabilidades muito ínfimas ocorrem muito, depende do universo do espaço amostral em jogo. Como por exemplo, ganhar na mega sena é de uma probabilidade mínima, mas como o universo de jogos é imenso, quase sempre tem um ganhador, não obstante a probabilidade absoluta ser quase infinitesimal.
Eduquei-os para não caírem facilmente nas lábias da indução. Indução nunca foi verdade ou fonte de ciência, a indução pode ser um caminho para a generalização, mas nunca foi prova de nada.
Eduquei-os para buscarem ser racionais, sem abrir mão do amor e de nossa humanidade, para que não caiam na ditadura do poder racional.
Eduquei-os para saberem que até mesmo a racionalidade, em algum lugar falha, e que temos de elaborar nosso raciocínio sobre algum patamar de crenças. A racionalidade no estremo se suicida com a mesma arma que utiliza para derrotar os iludidos ou os utópicos sonhadores e idealistas puros. Sempre terei que em algum momento, quando retrocedo no porque de cada coisa me basear em uma ou mais crenças, mas isto não quer dizer me basear em qualquer crença, apenas naquelas que passem por uma análise crítica séria e que não fira algo cientificamente provado.
Eduquei-os para saberem a diferença entre estar aberto ao que é possível ou provável, e estar aberto a impossibilidade ou a algo irreal, neste caso não seria estar de mente aberta, mas sim ter um rombo na mente. Até para crer é necessário algum filtro crítico e lógico.
Eduquei-os para buscarem a felicidade, que é para mim o nosso maior proveito nesta nossa vida passageira, mas eduquei-os para saberem que a minha felicidade é impossível, indigna, injusta e mentirosa se é construída sobre o sofrimento de outrem.
Eduquei-os para que saibam que é impossível ser feliz todo o tempo, nem por isto somos infelizes. A vida é pontilhada de momentos felizes e de momentos tristes, assim é viver.
Eduquei-os para não serem presas da esperança que tudo crê, que somente podemos despejar alguma esperança naquilo que dependa de nós, o resto não deve sequer ser esperado, se vier que aproveitemos sua chegada, mas depositar esperanças no que de nós não depende é o caminho para o desespero pela não chegada do esperado.
Eduquei os meus filhos para não caírem na falácia da moral universal. Universal é a vida, o viver e o morrer, além da materialidade de nosso imanente universo. A moral é sempre relativa, varia com o tempo, o lugar e o grupo social. Um fato, mesmo que tido como imoral a primeira vista deve ser valorado segundo a condição e o momento em que foi praticado e principalmente quanto ao alcance final deste ato. A moral deve sempre levar em consideração o alcance final da felicidade e da dignidade humana e social, por um maior número de pessoas, por um maior espaço de tempo, por uma maior área geográfica possível.
Eduquei-os para respeitarem as casas de seus amigos, para não serem presunçosos e buscarem humildemente lugares mais simples, deixando os lugares mais nobres para quem o proprietário assim o chamar.
Eduquei-os para não terem restrições a nenhum tipo de alimento proibido religiosamente, mas que quando dividindo a mesa com alguém que tenha estas crenças, não provoque, e se adeque respeitando o amigo.
Eduquei os meus filhos para viverem as suas vidas, e não a minha, na certeza de que são complexos e mutáveis. Que nunca se conhecerão por completo e que nunca terão consciência de tudo o que fazem, que em muitos casos são quase autônomos atuando por instinto. Isto não é bom nem mau a principio, isto é ser humano em um cérebro cheio de bugs.
Eduquei meus filhos para não acharem friamente que tudo que acontece possui uma intencionalidade. É claro que tudo no mundo macroscópico possui uma causalidade, não somente uma, mas inúmeras vezes possui várias ou mesmo incontáveis causas que se sucederam e se misturaram para que algo hoje ocorra. (mesmo que a quântica ouse em afirmar que mesmo no mundo macroscópico existe uma probabilidade infinitesimal, quase impossível de algo ocorrer sem uma causa aparente, desconheço toda e qualquer ocorrência de um caso destes no mundo macroscópico, talvez se vivêssemos trilhões de trilhões de anos poderíamos ser surpreendido com uma causa destas). Muitas daquelas causas desconhecemos totalmente, algumas delas ocorreram em passado distante outras em lugares diferentes que acabam por convergir, horas somando-se em ação, outras horas anulando-se em potencial, mas que levam a eventos que ocorrem hoje. O mundo é caótico em essência, e este estado caótico leva a eventos totalmente sem intencionalidade, mas que muitas vezes nos levam a acreditar, por indução, em intencionalidades.
Creio que falei demais, mas a educação, e em especial a de meus filhos, é para mim uma das mais importantes atividades humanas.
A educação ainda não atingiu um estado de ciência, assim ainda não possui uma previsibilidade possível, mas isto não nos exime da responsabilidade de tentar, de fazer e de buscar uma educação completa e integral. A educação deve assim ser levada com alguma racionalidade, muita análise crítica, alguma adaptabilidade, e sempre envolta em muito amor.
Infelizmente o que muito me choca é que alguns pais, muitas vezes por culpa desta mesma sociedade que ajudamos a manter, não estejam preparados para educar, alguns sequer estão preparados para serem pais. Muitos não tiveram o mínimo de instrução ou educação, outros não percebem a importância de uma educação sóbria, séria e integral. Alguns pais sequer amam seus filhos. Outros pais preferem colocar seus interesses pessoais e financeiros a frente de seus filhos, e relegam ou delegam a responsabilidade do educar. Há os pais que acreditam que suas responsabilidades consista em colocar os filhos nas melhores escolas que podem, e ai terminam suas responsabilidades pela educação de seus filhos.
Não importa a escola, rica ou pobre, famosa ou humilde, muitas crianças são despejadas nestas escolas e passam a ser responsabilidades únicas dos professores e pedagogos em não somente instruir, mas também educar. Há pais que veem as escolas como repositórios de crianças e jovens, para liberá-los para fazerem seus afazeres, livre destas crianças. De qualquer forma, muitas crianças são educadas em escolas, o que deveria ainda mais dar valor e importância aos professores e pedagogos, que a maioria das vezes são desvalorizados como profissionais humanos e muitas vezes são até desrespeitados não somente pelo poder dominante, mas até mesmo por muitos pais que acreditam que podem tudo em detrimento da autoridade e do amor dos professores. Por sorte ainda é uma classe que ama o que faz e se dedica a dar o melhor de si.
Posso ter falhado em toda a educação e instrução que tentei passar, mas tentei acertar, tenho a certeza que me esforcei e que não deixei que a omissão me levasse de cabo. Eduquei-os para que eles sejam o que quiserem ser. Se acertei ou se errei, ou mesmo em que percentual acertei e em qual errei, somente o presente que sempre ousa se descortinar em novas possibilidades poderá me mostrar.