JARINU- O PEQUENO MUNDO DE EUCLIDES

PESSOAS DE JARINU

O PEQUENO MUNDO DE EUCLIDES.

As batalhas humanas, são interessantes quando analisadas; a humanidade precisa de ar, alimentos, segurança e paz. Mas a maior luta das pessoas é pela vaidade, que é desnecessária, não deveria fazer parte de nossas lutas, mas faz. Pouca gente compra um carro como meio de transporte e sim como status. Nos vestimos, moramos, comemos, falamos tudo de maneira a sermos apreciados. A auto estima é importante, mas há uma linha divisória e do outro lado começa a submissão, pessoas vão alem de suas forças em busca de aceitação social. A força dessa necessidade é tão grande que escraviza, judia, maltrata, é como um vicio que tem que ser satisfeito a qualquer custo. Se andarmos com roupas sujas e rasgados não seremos respeitados, mas com um belo carrão e roupa de marca a coisa muda. Isto é uma realidade. Outra realidade é que temos que ser de verdade e não apenas aparentar e então nesse ponto é que começa a confusão. Relato tudo isso por causa de uma experiência que tive com o Euclides. O conheci já aposentado, é conhecido popularmente por “seu Cride” e pelos amigos mais antigos por “Cridão”. O que me chamou a atenção quando fui em sua casa foi uma solução que ele arranjou para essa questão do convívio social. O Sr. Euclides teve uma infância pobre, deu seus pulos e venceu na vida, venceu não, enriqueceu de verdade e com sua posição tinha que manter seu status na sociedade. Construiu uma bela casa, não poderia ser considerada uma mansão, mas é muito requintada, muito chic, tem tudo que o dinheiro pode comprar, é uma casa para ser vista e admirada, mas não para morar. Pode parecer estranho mas é isso mesmo. O Sr. Euclides ficou milionário mas continuou sendo o “Cridão”, homem simples de gostos simples e pouco interesse nas opiniões alheias. Por isso criou o seu espaço. No seu quintal tem uma edícula, que vista por fora não demonstra sua grande importância, lá é pequeno mundo do “Cridão”. A edícula é na verdade uma pequena casinha simples como a casa de sua infância, ali tudo e informal, senta-se em qualquer lugar, não existe regras sociais, a não ser a felicidade da conversa com os amigos. Fiquei maravilhado pois ele fez duas casas uma para mostrar para a sociedade e impor respeito e outra para ser feliz.

danilos
Enviado por danilos em 13/02/2013
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