DESAPEGO
Mesmo estando bem guardados, dentro de botas apropriadas, para caminhar sobre a neve, seus pés começaram a reclamar do frio. Sem dar-lhes atenção continuo a andar, as ruas do bairro estavam lindas, o branco da neve cobria tudo, árvores, carros, telhados, solo. A neve não se esquecera de ninguém, sobre todos estendera seu manto alvo.
De repente ela lembrou-se, faltavam poucos dias, para ela ir embora. Foi só pensar nisso, as lágrimas começaram a saltar dos seus olhos. Ela percebeu que o frio que sentia nos pés, vinha de dentro do seu coração, e não da neve do chão.
Olhou novamente aquele belo cenário, e de antemão desculpou-se, pois, mesmo sendo ele deslumbrante, não era pela falta dele, que ela vertia seu pranto. Ela nunca fora de chorar, ou de se apegar por lugar algum no mundo. Entretanto em relação as pessoas, era muito apegada. Não havia meio dela aprender a arte do desapego, certo que até que melhorara um pouco, mas estava longe de ser o ideal. Com facilidade, ficava longe de casa, de objetos, de lugares. Em compensação, ficar distante de quem ela amava, era realmente uma lição, em que não era boa aluna.
Caminhou um pouco mais, e no percurso foi matutando, em como o Criador, sabe de tudo, e por isso, oferece a cada pessoa, desafios para que possam através deles, ir aprendendo.
Nos próximos dias, mais uma vez, ela experimentará a ausência de um ente muito querido. E nem imagina como se sairá, em mais essa prova da vida.
(Foto da autora: Williamsburg)
Mesmo estando bem guardados, dentro de botas apropriadas, para caminhar sobre a neve, seus pés começaram a reclamar do frio. Sem dar-lhes atenção continuo a andar, as ruas do bairro estavam lindas, o branco da neve cobria tudo, árvores, carros, telhados, solo. A neve não se esquecera de ninguém, sobre todos estendera seu manto alvo.
De repente ela lembrou-se, faltavam poucos dias, para ela ir embora. Foi só pensar nisso, as lágrimas começaram a saltar dos seus olhos. Ela percebeu que o frio que sentia nos pés, vinha de dentro do seu coração, e não da neve do chão.
Olhou novamente aquele belo cenário, e de antemão desculpou-se, pois, mesmo sendo ele deslumbrante, não era pela falta dele, que ela vertia seu pranto. Ela nunca fora de chorar, ou de se apegar por lugar algum no mundo. Entretanto em relação as pessoas, era muito apegada. Não havia meio dela aprender a arte do desapego, certo que até que melhorara um pouco, mas estava longe de ser o ideal. Com facilidade, ficava longe de casa, de objetos, de lugares. Em compensação, ficar distante de quem ela amava, era realmente uma lição, em que não era boa aluna.
Caminhou um pouco mais, e no percurso foi matutando, em como o Criador, sabe de tudo, e por isso, oferece a cada pessoa, desafios para que possam através deles, ir aprendendo.
Nos próximos dias, mais uma vez, ela experimentará a ausência de um ente muito querido. E nem imagina como se sairá, em mais essa prova da vida.
(Foto da autora: Williamsburg)