Carnavalanche

Carnaval, Rock N' Roll, Samba Blues de esquina. Me parece que tudo veio de novo só que com a embalagem mais fresca e colorida que já pode ser bolada, mesmo produto de sempre é claro, mas nem assim rola a degustação. Sempre fui muito pé atrás na fé cega da visão alalaô-xô-tremendo-baixo-astral-da-semana, nunca entendi o porquê da freneticidade (essa daí existe? Ou é neologismo de boteco?), nem ando pelos cantos pra tentar achar a explicação, mais justo continuar mastigando essa dúvida num exercício mental sem fim. Entretanto, não quero julgar quem anda pelos blocos da vida, esses devem ser bem mais felizes.

Esse que vos fala faz o lado mais conjunto do bloco do eu sozinho (sem relação com Los Hermanos ((Não gosto mesmo deles)).) sempre admirei essa parada de vida que mal começou pelos simples nada ocioso de 3/4 dias à fio, à deriva numa TV de 500 canais, um baixo com 5.000 notas, uma cabeça com 5.000.000 de pensamentos. Motor moto-contínuo numa carcaça de fábrica ativa há 18 anos.

Mas aí fim-de-mundo que insiste em chegar, a vida dentro da vida pede pra voltar e a gente tem que aceitar, acordar pra não acordar. Niilismos e nonsenses à parte, temos que acordar numa segunda feira em plena quarta, pros trabalhadores período integral, ou em plena quinta, estudantes e meio-periódicos. Isso só pra afundar em dias que não insistem em passar e noites longas demais, até o próximo grito de ALELUIA! de uma quarta feira de cinzas, que deve ser muito preto no branco, quando se está longe demais dos carnavais.