AS TRÊS IRMÃS
Carmela, a mais velha das três, fazia jus ao nome, era uma italiana de fato. Uma típica mama do sul da Itália. Em seu coração cabia a população da terra, a generosidade era sua marca. Em sua casa, todos que precisavam, encontravam acolhimento. Carmela, no seio familiar, virou, Mela. Combinava com ela o apelido. Mela, era doce, como um delicioso melado.
Adalgiza, a segunda das irmâs, era a mais elegante das três, e também, a mais espirituosa, sair com Ada, como era chamada carinhosamente por todos da família, era diversão garantida. Era muito amada, por todos. Ada, estava sempre a postos, se algum familiar adoecia, era certo que ela, iria aparecer em seguida, e sua presença carinhosa e dedicada, ajudava a promover a melhora do doente.
A terceira filha, da família Cyriaco Gerolamo, recebeu no batismo, o nome de Filomena. Ah, como era querida, amável, e tímida, a Filomena. Ela também, foi rebatizada, pelos familiares, que carinhosamente a chamavam, Mena. As vêzes olhava-se para ela, e somente suas feições, contavam de sua origem italiana, pois ela, não era expansiva como suas outras duas irmãs, e nem falante como todo bom italiano. Era quieta, introspectiva. Em sua mocidade, ela desejou muito ser freira. Mas, faltou-lhe recursos para tanto. Muito diferente de sua irmã Carmela, que casou-se aos 16 anos, Filomena, casou-se aos 28 anos. Para a época, uma idade bastante tardia para se casar.
Essas três mulheres, deram continuidade aos costumes e tradições de seus antepassados. Desde o hábito da massa fresca, feita em casa, e os deliciosos e italianíssimos molhos de tomates, com manjericão, que ficavam horas a cozinhar no fogão à lenha, para apurar, até atingir o ponto.
Três mulheres, em que a fibra, a coragem, a renúncia ativa, o amor desmedido em prol da família, foram suas marcas registradas.
Órfãs, ainda na infância, um raio em um depósito de dinamite, que ficava ao lado da casa da família, matou seus pais, enquanto dormiam. O fato contribuiu, para que a união entre elas, crescesse ainda mais. Unidas na dor, da perda dos pais tão queridos, elas, enfrentaram o luto, a pobreza, e sairam vitoriosas.
A saga dessas três mulheres, certamente renderia um belo livro.
Tendo o privilégio de crescer ao redor delas, pude ouvir emocionantes relatos, elas tiveram como bússola, a norteá-las o amor, que ajudou-as atravessar um mar de obstáculos e dores, em suas vidas.
Desde minha meninice, pude perceber que o amor, é força coesiva, e tem o poder de cicatrizar todas as feridas. Elas, me mostraram ao longo de suas trajetórias de vida, que amar, não dói, que o amor cria estradas, onde antes haviam precipícios.
As três irmãs, Carmela (minha avó), Adalgiza e Filomena (minhas tias-avós), minha eterna gratidão, por tão ricos exemplos.
(foto das três irmãs)
Carmela, a mais velha das três, fazia jus ao nome, era uma italiana de fato. Uma típica mama do sul da Itália. Em seu coração cabia a população da terra, a generosidade era sua marca. Em sua casa, todos que precisavam, encontravam acolhimento. Carmela, no seio familiar, virou, Mela. Combinava com ela o apelido. Mela, era doce, como um delicioso melado.
Adalgiza, a segunda das irmâs, era a mais elegante das três, e também, a mais espirituosa, sair com Ada, como era chamada carinhosamente por todos da família, era diversão garantida. Era muito amada, por todos. Ada, estava sempre a postos, se algum familiar adoecia, era certo que ela, iria aparecer em seguida, e sua presença carinhosa e dedicada, ajudava a promover a melhora do doente.
A terceira filha, da família Cyriaco Gerolamo, recebeu no batismo, o nome de Filomena. Ah, como era querida, amável, e tímida, a Filomena. Ela também, foi rebatizada, pelos familiares, que carinhosamente a chamavam, Mena. As vêzes olhava-se para ela, e somente suas feições, contavam de sua origem italiana, pois ela, não era expansiva como suas outras duas irmãs, e nem falante como todo bom italiano. Era quieta, introspectiva. Em sua mocidade, ela desejou muito ser freira. Mas, faltou-lhe recursos para tanto. Muito diferente de sua irmã Carmela, que casou-se aos 16 anos, Filomena, casou-se aos 28 anos. Para a época, uma idade bastante tardia para se casar.
Essas três mulheres, deram continuidade aos costumes e tradições de seus antepassados. Desde o hábito da massa fresca, feita em casa, e os deliciosos e italianíssimos molhos de tomates, com manjericão, que ficavam horas a cozinhar no fogão à lenha, para apurar, até atingir o ponto.
Três mulheres, em que a fibra, a coragem, a renúncia ativa, o amor desmedido em prol da família, foram suas marcas registradas.
Órfãs, ainda na infância, um raio em um depósito de dinamite, que ficava ao lado da casa da família, matou seus pais, enquanto dormiam. O fato contribuiu, para que a união entre elas, crescesse ainda mais. Unidas na dor, da perda dos pais tão queridos, elas, enfrentaram o luto, a pobreza, e sairam vitoriosas.
A saga dessas três mulheres, certamente renderia um belo livro.
Tendo o privilégio de crescer ao redor delas, pude ouvir emocionantes relatos, elas tiveram como bússola, a norteá-las o amor, que ajudou-as atravessar um mar de obstáculos e dores, em suas vidas.
Desde minha meninice, pude perceber que o amor, é força coesiva, e tem o poder de cicatrizar todas as feridas. Elas, me mostraram ao longo de suas trajetórias de vida, que amar, não dói, que o amor cria estradas, onde antes haviam precipícios.
As três irmãs, Carmela (minha avó), Adalgiza e Filomena (minhas tias-avós), minha eterna gratidão, por tão ricos exemplos.
(foto das três irmãs)