O TAPA

Um TAPA desferido tem sempre um motivo.

Normalmente ele é uma resposta a uma agressão sofrida.

Seria para mim o TAPA?

Qual a agressão que pratiquei?

Ainda que eu não seja santo, mesmo que meus pecados sejam muitos,

A quem cabe a responsabilidade de corrigir-me com um TAPA?

Sei exatamente de quem é esta incumbência!

E ela não cabe a qualquer reles tão pecador quanto eu.

Contudo, ainda que eu seja merecedor de alguns TAPAS,

Há pecadores que mereceram primeiro:

Os traidores fazem jus a um TAPA;

Os bandidos assassinos de colarinho branco também;

Os que se omitem diante das atrocidades praticadas contra os fracos merecem um belo TAPA;

Os cafajestes, os corruptos, estupradores insanos, chantagistas merecem um TAPA.

Em quem você daria um TAPA?

É verdade que pecados são sempre pecados, pequenos ou maiores, agora ou depois.

E são todos os pecadores merecedores de TAPAS.

Porem é justo que o justiceiro tenha algum critério,

Não aplicar o corretivo pelas costas, na surdina, sob pena de também tornar-se pecador,

Cometendo o pecado da covardia, deixando, assim, de ser justo.

Seria ideal também que o justiceiro não se finja amigo do pecador, por que então cometeria mais um pecado: a traição.

Entretanto, se o justo não é justiceiro, é apenas um agressor desequilibrado e compulsivo,

O melhor é que ele tenha consigo um saco de pancadas para descarregar sua agressividade com tapas e até socos se preferir.

Assim se poupa de alguns inconvenientes por sair estapeando qualquer um que cruze seu caminho.

Taciturno Calado
Enviado por Taciturno Calado em 12/02/2013
Reeditado em 12/02/2013
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