Ainda a mesma criança

Sou a mesma criança de outrora: que brincava de boneca, de roda, pique... Enfim; criança.

Ainda gosto de andar na chuva; correr descalça, sentir os primeiros raios do sol durante a manhã, sorrir por tudo e por nada... Infantilmente.

Ainda olho para as estrelas á noite, me perdendo em sua beleza. E para mim; estrelas cadentes são estrelas; e não "um pedaço de rocha superaquecida que se choca na atmosfera terrestre"; ainda me pergunto do quê são feitas as nuvens, e tenho certeza de que um dia poderei tocá-las... Inocentemente.

Sou a mesma criança que temia os trovões, que saltava estrelinha na areia da praia; e que preferia ficava contente só por admirar o mar e o som de suas ondas... Contemplativamente.

Essa criança permanece em mim; presa á uma adulta que ri discretamente e que se protege em seu escudo. Meu lado menia ás vezes se impõe, e nessas horas sou mais feliz.Dois lados diferentes que coexistem pacificamente hoje.

Sou a mesma criança; mas que parece mulher. Dois lados que se completam, e que possuem o mesmo medo: o medo de amar quem não a quer.

Live in stars
Enviado por Live in stars em 11/02/2013
Reeditado em 13/02/2018
Código do texto: T4135099
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