A Inveja dos Críticos

“Quem critica tem inveja”, ouvi isso de vários escritores já, de escritores eventuais, por hobby, e até profissionais, e quando falo em profissional me refiro a quem tira o pão da escrita ou de livros que tenta vender, mas também me refiro a quem se dedica à arte da escrita com compromisso e disciplina, verdadeira profissão. Digo isso por haver topado com ele várias vezes e em todas fui levada a crer do mesmo jeito: de que a coisa da crítica não carrega inveja ou mesquinhez, mas que muitos confundem crítica com juízo de valor, atrelado a rótulo de 'ruim'. Crítica, como percebo e uso, sempre se escora em fundamento ou critério não-escuso, e não deixa de ser opinião ainda, ainda mais em campos nada objetivos como a Literatura nossa de cada dia e gosto, cada língua e região. Eu costumo dizer que o sol brilha para todos, seja em campos literários ou campos vegetação e, sinceramente, quem tem inveja de um outro esse outro não critica, pois a crítica mostra falhas e leva o outro a melhorar; ver o outro melhorar não é tento do invejoso e até mesmo em casos como naquele velho provérbio árabe ou dito que árabe é: desejando um, terá o outro em dobro e um invejoso logo dirá: “me fure então um olho!”. Pois é, quem critica é porque se importa ou aprendeu a criticar; já o invejoso, se inteligente, nada diz, muito se alegra com a inépcia dos invejados e espalha mitos assim: “quem critica tem inveja”.

Um interessante exemplo pode ser lido nesta narrativa:

http://www.recantodasletras.com.br/contosdefantasia/1619790.

Salve, Machado!