O fim de um romance
No começo deste ano, finalmente terminei de escrever um romance que vinha escrevendo há alguns anos, e no qual pus todo o meu amor, minha paixão e tentei usar da melhor forma a minha prosa. Meus personagens evoluiram, criaram vida própria e eu me tornei testemunha de suas vidas, seus amores, lutas e dores. Como foi terminar? Por um lado, foi muito difícil. Foi difícil terminar algo que fez parte de mim por tanto tempo mas, por outro, foi bom ver que eles estão prontos a aparecer ao mundo.
Livros são como filhos: temos que deixá-los partir após um tempo. E eu sentia que já estava na hora de concluir mas, ao mesmo tempo, não queria terminar tão apressadamente, para que a conclusão não ficasse forçada e mal-feita como vemos em tantas novelas de televisão, onde os autores deixam para resolver tudo no último capítulo, como se achassem que o espectador fosse idiota e aceitasse tudo.
Meus protagonistas começaram o romance muito jovens e, quando os terminei, eles já eram casados, formando uma linda família. Tentei fazer minha heroina uma mulher forte, bela e amorosa e o meu heroi um homem íntegro e honrado. Procurei fazê-los muito humanos, com sentimentos, vulneráveis e, ao mesmo tempo, fortes e determinados, resistindo com honra e perseverança às injustiças e preconceitos.
Agora que os terminei, estou deixando que fiquem um tempo na gaveta para transcrevê-los no tempo certo. Será que os leitores gostarão deles? Não sei mas, de certa forma, eu os amo, porque sairam de minha alma e, para mim, isto já me basta.