A torre
Esse é o primeiro capitulo do meu livro chamado A Torre...
Semana que vem já vai estar a venda na internet para todo o Brasil...
Oscar
Oscar levantou às seis horas da manhã, quando o barulho ensurdecedor do despertador cumpriu a sua missão naquela sexta-feira quente de um verão escaldante.
No dia anterior tinha se fechado dentro de sua casa, podia lembrar-se detalhes por detalhes de tudo o que tinha feito e aquilo tudo lhe dava paz e conforto.
Naquela quinta-feira, ele levantou mais tarde, era quase meio dia. Foi até o banheiro, lavou o rosto, fez a barba, vestiu um terno de linho azul, que tinha sido de seu pai e andou até a cozinha. Pegou um pacote de macarrão instantâneo e levou ao fogo. Cinco minutos depois estava almoçando na mesa no centro da cozinha.
Andou até a sala. Tudo era silêncio, podia sentir a sua respiração calma e tranqüila, enquanto andava. O toc toc de seu sapato bem lustrado era como uma sinfonia que quebrava a monotonia daquele silêncio impecável do dia. Ligou a velha vitrola e colocou um disco de musica clássica para tocar. Sentou-se numa poltrona ao lado e ali ficou olhando atentamente para os retratos de família pendurados na parede.
Era como se aquele dia lhe trouxesse o regresso e a justificativa de tudo que tinha que fazer. O silêncio cortado pela sinfonia perfeita das musicas lhe transmitia paz.
Tudo aquilo lhe trazia a mente a lembrança do pai. Ele costumava sentar-se naquela mesma poltrona nos dias de folga, ligar a vitrola e ouvir aquele mesmo disco por horas a fio.
Foi com o gosto refinado do pai que Oscar aprendeu a gostar de música clássica, ainda lembra-se da cara dos colegas quando ele dizia que preferia a música clássica a qualquer outro gênero, era como se tivesse confessando um assassinato. Todos ficavam pasmos, quase que não acreditando no que estavam ouvindo.
Mas como se diz gostos não se discute. E por mais absurdo que aquilo pudesse parecer para um jovem de vinte anos, a musica clássica surtia nele o mesmo efeito que uma droga a qualquer jovem que ele conhecia. Não que a sua adrenalina subisse ou qualquer coisa do gênero, mas o som bem compassado fazia com que sentisse uma sensação profunda de paz, conforto e liberdade.
Foi naquela poltrona que o pai lhe passou as maiores lições de vida. Não com discursos intermináveis, mas sempre com as palavras que ele precisava, na medida que ele precisava e como ele precisava, era como se o pai conseguisse ler os seus pensamentos e dizer exatamente o que ele queria e devia ouvir.
Não sabia o que o futuro havia lhe reservado, nem se estaria ainda neste mundo no por vir, mas se pudesse fazer uma escolha, sabe daquelas em que a gente vê nos filmes, de um gênio que aparece e lhe permitisse fazer três pedidos, certamente pediria para ser igual ao seu pai.
Semana que vem já vai estar a venda na internet para todo o Brasil...
Oscar
Oscar levantou às seis horas da manhã, quando o barulho ensurdecedor do despertador cumpriu a sua missão naquela sexta-feira quente de um verão escaldante.
No dia anterior tinha se fechado dentro de sua casa, podia lembrar-se detalhes por detalhes de tudo o que tinha feito e aquilo tudo lhe dava paz e conforto.
Naquela quinta-feira, ele levantou mais tarde, era quase meio dia. Foi até o banheiro, lavou o rosto, fez a barba, vestiu um terno de linho azul, que tinha sido de seu pai e andou até a cozinha. Pegou um pacote de macarrão instantâneo e levou ao fogo. Cinco minutos depois estava almoçando na mesa no centro da cozinha.
Andou até a sala. Tudo era silêncio, podia sentir a sua respiração calma e tranqüila, enquanto andava. O toc toc de seu sapato bem lustrado era como uma sinfonia que quebrava a monotonia daquele silêncio impecável do dia. Ligou a velha vitrola e colocou um disco de musica clássica para tocar. Sentou-se numa poltrona ao lado e ali ficou olhando atentamente para os retratos de família pendurados na parede.
Era como se aquele dia lhe trouxesse o regresso e a justificativa de tudo que tinha que fazer. O silêncio cortado pela sinfonia perfeita das musicas lhe transmitia paz.
Tudo aquilo lhe trazia a mente a lembrança do pai. Ele costumava sentar-se naquela mesma poltrona nos dias de folga, ligar a vitrola e ouvir aquele mesmo disco por horas a fio.
Foi com o gosto refinado do pai que Oscar aprendeu a gostar de música clássica, ainda lembra-se da cara dos colegas quando ele dizia que preferia a música clássica a qualquer outro gênero, era como se tivesse confessando um assassinato. Todos ficavam pasmos, quase que não acreditando no que estavam ouvindo.
Mas como se diz gostos não se discute. E por mais absurdo que aquilo pudesse parecer para um jovem de vinte anos, a musica clássica surtia nele o mesmo efeito que uma droga a qualquer jovem que ele conhecia. Não que a sua adrenalina subisse ou qualquer coisa do gênero, mas o som bem compassado fazia com que sentisse uma sensação profunda de paz, conforto e liberdade.
Foi naquela poltrona que o pai lhe passou as maiores lições de vida. Não com discursos intermináveis, mas sempre com as palavras que ele precisava, na medida que ele precisava e como ele precisava, era como se o pai conseguisse ler os seus pensamentos e dizer exatamente o que ele queria e devia ouvir.
Não sabia o que o futuro havia lhe reservado, nem se estaria ainda neste mundo no por vir, mas se pudesse fazer uma escolha, sabe daquelas em que a gente vê nos filmes, de um gênio que aparece e lhe permitisse fazer três pedidos, certamente pediria para ser igual ao seu pai.