Vergonha boba
Lendo a história da sandália da Anita que se rompeu no meio da rua me lembrei de uma ocasião em que me aconteceu o mesmo. Eu era jovem e usava uma sandalinha bonita, em moda na época. Hoje poderíamos chamá-la de sandália de dedo, pois tinha apenas uma tira no vão do dedão que se prendia à pulseira vinda do calcanhar. Toda embonecada, fui com ela ao centro de S.Paulo. Ao descer do ônibus no ponto final, diante do Teatro Municipal, a tira se soltou. A sola fazendo clac, clac, abrindo-se como boca de jacaré, impossível caminhar daquele jeito. Minha imediata reação foi entrar novamente no ônibus e voltar para casa. Lá no bairro passei vergonha ao andar manquitolando com um pé sim outro não... um calçado, o outro no chão.
Mas o pior aconteceu na Sala de Concertos em Campos do Jordão, não faz muito tempo. Durante o intervalo, enquanto eu circulava pelo saguão apinhado de gente elegante exibindo os mais variados modelos de casacões, cachecóis e botas, certamente trazidos Nova York ou Paris, de repente quase caí. Pensei que tivesse pisado em falso. Nada disso, foi o salto de um dos meus sapatos que se quebrou. Tive que arrancá-lo, mas não pude ficar descalça. Sorte que logo a campainha soou e o concerto continuou. Na hora da saída ninguém deve ter visto nada, lá fora estava tudo escuro e para chegarmos até o carro havia muita lama. E se por acaso alguém viu, não estou nem aí.
Lendo a história da sandália da Anita que se rompeu no meio da rua me lembrei de uma ocasião em que me aconteceu o mesmo. Eu era jovem e usava uma sandalinha bonita, em moda na época. Hoje poderíamos chamá-la de sandália de dedo, pois tinha apenas uma tira no vão do dedão que se prendia à pulseira vinda do calcanhar. Toda embonecada, fui com ela ao centro de S.Paulo. Ao descer do ônibus no ponto final, diante do Teatro Municipal, a tira se soltou. A sola fazendo clac, clac, abrindo-se como boca de jacaré, impossível caminhar daquele jeito. Minha imediata reação foi entrar novamente no ônibus e voltar para casa. Lá no bairro passei vergonha ao andar manquitolando com um pé sim outro não... um calçado, o outro no chão.
Mas o pior aconteceu na Sala de Concertos em Campos do Jordão, não faz muito tempo. Durante o intervalo, enquanto eu circulava pelo saguão apinhado de gente elegante exibindo os mais variados modelos de casacões, cachecóis e botas, certamente trazidos Nova York ou Paris, de repente quase caí. Pensei que tivesse pisado em falso. Nada disso, foi o salto de um dos meus sapatos que se quebrou. Tive que arrancá-lo, mas não pude ficar descalça. Sorte que logo a campainha soou e o concerto continuou. Na hora da saída ninguém deve ter visto nada, lá fora estava tudo escuro e para chegarmos até o carro havia muita lama. E se por acaso alguém viu, não estou nem aí.