* A tarde estava só começando, no entanto Carlos decidiu chegar cedo.
Marcara o encontro cinco horas no lugar em que conheceu Eliane, uma jovem tão linda quanto o mar, dona de um sorriso encantador, sempre com uma fitinha vermelha enrolando o dedinho anular do braço direito.
Depois daquele dia, há exatamente três anos, o coração dele só conseguia bater num ritmo especial, intenso, com endereço certo.
Eliane jamais saiu de sua mente.
Os dois logo decidiram dividir um AP.
Durante cinco meses Carlos desfrutou a felicidade plena.
Eliane também demonstrava um gostar profundo, entretanto sofria lastimando o ciúme exagerado que Carlos expressava.
Seu excessivo zelo e as desconfianças sem sentido machucaram demais Eliane.
Ela ameaçou encerrar a relação algumas vezes, pedindo que ele mudasse.
Carlos não mudou.
Apesar do desgosto resultante da decisão, Eliane optou por se distanciar.
Depois do rompimento, Carlos nunca voltou a vê-la.
Ele tentou mil e uma vezes, porém ela viajou para a cidade dos pais, não respondia a nenhum e-mail, jamais retornou um telefonema dele.
Carlos se sentia desprezado, triste, solitário, abatido.
Mandou recados através de amigos, contudo ela sempre dizia que “os dois não tinham mais o que conversar”.
O rompimento ocorreu há cerca de dois anos, entretanto Carlos parou no tempo.
A vida dele não seguiu adiante.
Ele não se envolveu com ninguém, não saía, não ia a festas, mal conversava com os amigos.
Passava a maior parte do tempo escutando músicas que lembravam Eliane, canções que os dois ouviram abraçados.
Pensava nela o tempo todo e, nos sonhos, tinha sua doce presença.
O rosto lindo de Eliane, os cabelos longos dançando no ritmo do vento, a fitinha vermelha no dedinho dela!
Eliane era única e fascinante!
Há um mês enviou um e-mail marcando um encontro na data em que os dois se conheceram, no mesmo local, o cantinho de uma praia popular da cidade em que Carlos residia.
Na ocasião, há três anos, Carlos estava sentado observando as ondas indo e vindo, refletindo sobre a vida que levava, concluindo que, até ali, a existência lhe trouxera pouquíssimas motivações...
De repente o sol sorriu ofuscante, pois ele percebeu ao lado, um pouco afastada, uma jovem também admirando as ondas, silenciosa e aparentemente sozinha.
A jovem, em certo instante, sorriu para ele, o rapaz tímido sorriu de volta. Ele decidiu se aproximar e se sentar perto da moça.
Começaram a conversar, esqueceram as pessoas ao redor, o tempo, o mundo, nada parecia relevante diante do fascínio recíproco o qual envolveu as duas almas apaixonadas.
Nascia ali um romance lindo e emocionante que resultou na vontade do casal de estar unido o resto dos dias.
Tudo era bonito, entretanto o rapaz, desde cedo, mostrou-se muito ciumento.
Apesar de paciente e completamente apaixonada, a bela Eliane, após cinco meses de tentativa, desejou novos horizontes assinalados pelo equilíbrio.
Carlos, observando as ondas, recordava a indiferença acentuada de Eliane.
Nunca retornou um e-mail, nunca lhe deu um telefonema.
Até quando a mãe dele faleceu, ela não mostrou solidariedade alguma.
Sempre o silêncio, a distância, as negativas, a repulsa, enfim, o radicalismo de nunca mais vê-lo nem ouvi-lo.
Carlos parece que, despertando de uma espécie de sonolência muito prolongada, pensou:
“Que encontro?
Quem marcou encontro?
Que bobagem estava acontecendo ali?
O que ele fez da vida dele?
Nesses dois anos, após o rompimento, o que existiu foi um monólogo totalmente sem graça!
Tudo bem! Eliane cansou do seu ciúme! Ele compreendia isso.
Mas por que tanta indiferença?
Por que nem sequer uma palavra?
Será que ele não merecia um pouco mais de atenção?
Enquanto ele desperdiçava sua vida, ela provavelmente não recusava as carícias de outros rapazes, certamente não resistira ao desejo natural de sexo!
Que tolice! Que grande tolice!
Não valia a pena continuar perdendo tempo com uma relação que apenas existia na sua mente tola!”
Cerca de quatro horas Carlos foi para o ponto, entrou no primeiro ônibus que apareceu independente do destino e seguiu disposto a recomeçar, sem ilusões, sem monólogos, sem Eliane!
* O avançar da noite possibilitava contemplar a lua, cheia, lindíssima.
Alguns banhistas mergulhavam animados na água convidativa.
A temperatura da areia agradável sugeria uma reflexão.
Exatamente no cantinho em que, há umas três horas, Carlos abandonou de forma abrupta, uma jovem solitária era facilmente percebida.
Ela observava fixa as ondas indo e vindo.
A noite era agradabilíssima, a lua magnífica iluminava o local, o vento soprava forte, os cabelos longos da bela moça dançavam...
A poesia do momento permitia enxergar uma fitinha vermelha enrolando o dedo anular da mão direita dela.
A cor vermelha da fitinha e a lua tão deslumbrante facultavam um contraste bastante interessante.
Marcara o encontro cinco horas no lugar em que conheceu Eliane, uma jovem tão linda quanto o mar, dona de um sorriso encantador, sempre com uma fitinha vermelha enrolando o dedinho anular do braço direito.
Depois daquele dia, há exatamente três anos, o coração dele só conseguia bater num ritmo especial, intenso, com endereço certo.
Eliane jamais saiu de sua mente.
Os dois logo decidiram dividir um AP.
Durante cinco meses Carlos desfrutou a felicidade plena.
Eliane também demonstrava um gostar profundo, entretanto sofria lastimando o ciúme exagerado que Carlos expressava.
Seu excessivo zelo e as desconfianças sem sentido machucaram demais Eliane.
Ela ameaçou encerrar a relação algumas vezes, pedindo que ele mudasse.
Carlos não mudou.
Apesar do desgosto resultante da decisão, Eliane optou por se distanciar.
Depois do rompimento, Carlos nunca voltou a vê-la.
Ele tentou mil e uma vezes, porém ela viajou para a cidade dos pais, não respondia a nenhum e-mail, jamais retornou um telefonema dele.
Carlos se sentia desprezado, triste, solitário, abatido.
Mandou recados através de amigos, contudo ela sempre dizia que “os dois não tinham mais o que conversar”.
O rompimento ocorreu há cerca de dois anos, entretanto Carlos parou no tempo.
A vida dele não seguiu adiante.
Ele não se envolveu com ninguém, não saía, não ia a festas, mal conversava com os amigos.
Passava a maior parte do tempo escutando músicas que lembravam Eliane, canções que os dois ouviram abraçados.
Pensava nela o tempo todo e, nos sonhos, tinha sua doce presença.
O rosto lindo de Eliane, os cabelos longos dançando no ritmo do vento, a fitinha vermelha no dedinho dela!
Eliane era única e fascinante!
Há um mês enviou um e-mail marcando um encontro na data em que os dois se conheceram, no mesmo local, o cantinho de uma praia popular da cidade em que Carlos residia.
Na ocasião, há três anos, Carlos estava sentado observando as ondas indo e vindo, refletindo sobre a vida que levava, concluindo que, até ali, a existência lhe trouxera pouquíssimas motivações...
De repente o sol sorriu ofuscante, pois ele percebeu ao lado, um pouco afastada, uma jovem também admirando as ondas, silenciosa e aparentemente sozinha.
A jovem, em certo instante, sorriu para ele, o rapaz tímido sorriu de volta. Ele decidiu se aproximar e se sentar perto da moça.
Começaram a conversar, esqueceram as pessoas ao redor, o tempo, o mundo, nada parecia relevante diante do fascínio recíproco o qual envolveu as duas almas apaixonadas.
Nascia ali um romance lindo e emocionante que resultou na vontade do casal de estar unido o resto dos dias.
Tudo era bonito, entretanto o rapaz, desde cedo, mostrou-se muito ciumento.
Apesar de paciente e completamente apaixonada, a bela Eliane, após cinco meses de tentativa, desejou novos horizontes assinalados pelo equilíbrio.
Carlos, observando as ondas, recordava a indiferença acentuada de Eliane.
Nunca retornou um e-mail, nunca lhe deu um telefonema.
Até quando a mãe dele faleceu, ela não mostrou solidariedade alguma.
Sempre o silêncio, a distância, as negativas, a repulsa, enfim, o radicalismo de nunca mais vê-lo nem ouvi-lo.
Carlos parece que, despertando de uma espécie de sonolência muito prolongada, pensou:
“Que encontro?
Quem marcou encontro?
Que bobagem estava acontecendo ali?
O que ele fez da vida dele?
Nesses dois anos, após o rompimento, o que existiu foi um monólogo totalmente sem graça!
Tudo bem! Eliane cansou do seu ciúme! Ele compreendia isso.
Mas por que tanta indiferença?
Por que nem sequer uma palavra?
Será que ele não merecia um pouco mais de atenção?
Enquanto ele desperdiçava sua vida, ela provavelmente não recusava as carícias de outros rapazes, certamente não resistira ao desejo natural de sexo!
Que tolice! Que grande tolice!
Não valia a pena continuar perdendo tempo com uma relação que apenas existia na sua mente tola!”
Cerca de quatro horas Carlos foi para o ponto, entrou no primeiro ônibus que apareceu independente do destino e seguiu disposto a recomeçar, sem ilusões, sem monólogos, sem Eliane!
* O avançar da noite possibilitava contemplar a lua, cheia, lindíssima.
Alguns banhistas mergulhavam animados na água convidativa.
A temperatura da areia agradável sugeria uma reflexão.
Exatamente no cantinho em que, há umas três horas, Carlos abandonou de forma abrupta, uma jovem solitária era facilmente percebida.
Ela observava fixa as ondas indo e vindo.
A noite era agradabilíssima, a lua magnífica iluminava o local, o vento soprava forte, os cabelos longos da bela moça dançavam...
A poesia do momento permitia enxergar uma fitinha vermelha enrolando o dedo anular da mão direita dela.
A cor vermelha da fitinha e a lua tão deslumbrante facultavam um contraste bastante interessante.