Certeiro
Ele passou rápido por mim e não tive a oportunidade de acompanhar seus movimentos.
Dali mais um pouco, senti-o de leve, mas logo ele voltou a me abandonar e fugiu das minhas vistas.
E então eu o vi, estava parado, sua sombra grandiosa, andava a passos curtos, as pernas finas de pés sensíveis e delicados, o nariz longo, atento a todos os movimentos presentes no local.
Minha vontade era de me aproximar, mas fiquei receosa de que viesse a fugir, então apenas me contive a observá-lo.
Ele tinha se acalmado e agora andava lentamente em minha direção, apenas me provocando, o que me fez ajeitar-me na cadeira e me preparar, os olhos fixos naquele ser, o fim era certo!
E então, quando ele menos esperava, tasquei-lhe a mão, pressionando-o contra a parede e o esmagando.
-Maldito pernilongo!