POR QUE A DESVALORIZAÇÃO DAS ANTOLOGIAS?
Vivemos em um país onde ler é atrativo de poucos e escrever... Tornou-se terapia para a maioria.
Através da INTERNET, nos foi outorgado, o direito de vivermos o sonho, que antes, pouquíssimos alcançava – publicar um livro. Esse sonho pertence, não só ao que escreve, mas ao escritor, e poeta nato. Existe uma grande diferença, entre escrever e ter alma de escritor e poeta; fazer poesia e ser poesia.
Início de ano, e dezenas de convites, para participação em antologias. Esse é um investimento, que renderá positivamente, para o editor. Quanto ao autor, em termos monetários, quase zero. Porém, resta-nos a esperança de nos tornar conhecidos, quem sabe reconhecidos – através dessa –; sairmos do anonimato, visto que, cada participante de antologia, nos dá a oportunidade, de sermos propagados, em cada cidade, e/ou, Estado, círculos de amigos, etc.
Esse é o único ponto positivo – divulgação.
Antologia é um investimento que, certamente, nos dará duas opções: a reserva de um espaço na própria casa – biblioteca particular –, ou, presentear amigos – corre-se o risco, de ter o seu presente, jogado em um canto qualquer da casa do presenteado.
O que edita deveria preocupar-se com o item:qualidade textual, deste, depende a credibilidade do próprio trabalho.
Há verdades mais sérias e profundas que, infelizmente, não se pode explicitar – infelizmente, prefere-se massagem no ego que, abertura de olhos.
Sonhar faz bem ao homem. Quando este não traz, em si, um sonho torna-se, sem ideais – morto! A diferença é que, para realização de qualquer sonho, deve haver uma preparação, estudo, pesquisa, tempo, para investir em conhecimento, objetivando que a realidade futura seja leve, e agradável – jamais um pesadelo.
A ansiedade é danosa. O que podemos observar como internautas literatos, é que existe grande ansiedade, na maioria dos que escrevem, para serem lidos, conhecidos... Certíssimo!
Porém,não podemos esquecer de que, a pressa é inimiga da perfeição. Devemos livrar-nos da invisível corrente, chamada compulsão. A moderação faz parte da sabedoria.
Melhor que ser conhecido é ser reconhecido.
Pode-se ser conhecido, por competência, ou, falta dela; reconhecimento é outra história – isso, em todas às áreas.
Recentemente, em conversa com um amigo escritor, pasmei, quando ele declarou que, dependendo de suas finanças, publica um, ou, dois livros durante o ano. Desejei lê-los – é homem comedido, investe tempo em pesquisa literária, sabe o que faz, e tem tempo, é aposentado –. Disse-me, ainda: “ – O nosso povo não costuma ler. Imagine... No lançamento do meu último livro, havia mais de sessenta pessoas... Vendi três! Em verdade... Vão mais pelo coquetel, croquetes...”
Com bem mais de 1070 textos, publiquei um único livro (solo) 51 páginas – textos de várias categorias – poderia ter publicado dezenas... Busco preparação, amadurecimento, para tal.
De todos os meus textos publicados, a maioria precisa ser revisada - filhos de um tempo de ansiedade, hoje, devido a escassez de tempo, não pude, ainda, revisá-los. Quando me deparo, com esses, espanto-me, corro para refazê-los.
O conceito de livro é de que são páginas encadernadas, compostas por manuscritos e/ou, impressões, ou, ainda, imagens, resultando uma publicação unitária...
Conceituo, poeticamente, o livro, como que, um filho ansiado. Quando parido antes do tempo, abortado...! Causando decepção, amargura e dor.
A coletânea de textos em uma publicação unitária, nem sempre, forma um livro, e, sim... Uma simples organização de textos.
O objetivo do livro é instruir, estruturar, entreter, emocionar... A compulsão, existente, faz-nos pensar que temos que escrever, na velocidade da luz – graças a internet – . Precisamos de inspiração para tal; interagir no mundo real, viver, observar situações cotidianas; às pessoas em nosso entorno – isso proporcionará matérias interessantes.
Em suma: A internet – para alguns – é terapia; em um país onde pouco se ler, deve-se ter a responsabilidade de investir em qualidade – a partir da Antologia, para que essa, comece a ter credibilidade, e, se tornar livro, de fato.
Contra a verdade não há argumentos.
Crônica:POR QUE A DESVALORIZAÇÃO DAS ANTOLOGIAS?EstherRogessi,Recife,05/02/13.
O trabalho POR QUE A DESVALORIZAÇÃO DAS ANTOLOGIAS? de EstherRogessi foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.
Vivemos em um país onde ler é atrativo de poucos e escrever... Tornou-se terapia para a maioria.
Através da INTERNET, nos foi outorgado, o direito de vivermos o sonho, que antes, pouquíssimos alcançava – publicar um livro. Esse sonho pertence, não só ao que escreve, mas ao escritor, e poeta nato. Existe uma grande diferença, entre escrever e ter alma de escritor e poeta; fazer poesia e ser poesia.
Início de ano, e dezenas de convites, para participação em antologias. Esse é um investimento, que renderá positivamente, para o editor. Quanto ao autor, em termos monetários, quase zero. Porém, resta-nos a esperança de nos tornar conhecidos, quem sabe reconhecidos – através dessa –; sairmos do anonimato, visto que, cada participante de antologia, nos dá a oportunidade, de sermos propagados, em cada cidade, e/ou, Estado, círculos de amigos, etc.
Esse é o único ponto positivo – divulgação.
Antologia é um investimento que, certamente, nos dará duas opções: a reserva de um espaço na própria casa – biblioteca particular –, ou, presentear amigos – corre-se o risco, de ter o seu presente, jogado em um canto qualquer da casa do presenteado.
O que edita deveria preocupar-se com o item:qualidade textual, deste, depende a credibilidade do próprio trabalho.
Há verdades mais sérias e profundas que, infelizmente, não se pode explicitar – infelizmente, prefere-se massagem no ego que, abertura de olhos.
Sonhar faz bem ao homem. Quando este não traz, em si, um sonho torna-se, sem ideais – morto! A diferença é que, para realização de qualquer sonho, deve haver uma preparação, estudo, pesquisa, tempo, para investir em conhecimento, objetivando que a realidade futura seja leve, e agradável – jamais um pesadelo.
A ansiedade é danosa. O que podemos observar como internautas literatos, é que existe grande ansiedade, na maioria dos que escrevem, para serem lidos, conhecidos... Certíssimo!
Porém,não podemos esquecer de que, a pressa é inimiga da perfeição. Devemos livrar-nos da invisível corrente, chamada compulsão. A moderação faz parte da sabedoria.
Melhor que ser conhecido é ser reconhecido.
Pode-se ser conhecido, por competência, ou, falta dela; reconhecimento é outra história – isso, em todas às áreas.
Recentemente, em conversa com um amigo escritor, pasmei, quando ele declarou que, dependendo de suas finanças, publica um, ou, dois livros durante o ano. Desejei lê-los – é homem comedido, investe tempo em pesquisa literária, sabe o que faz, e tem tempo, é aposentado –. Disse-me, ainda: “ – O nosso povo não costuma ler. Imagine... No lançamento do meu último livro, havia mais de sessenta pessoas... Vendi três! Em verdade... Vão mais pelo coquetel, croquetes...”
Com bem mais de 1070 textos, publiquei um único livro (solo) 51 páginas – textos de várias categorias – poderia ter publicado dezenas... Busco preparação, amadurecimento, para tal.
De todos os meus textos publicados, a maioria precisa ser revisada - filhos de um tempo de ansiedade, hoje, devido a escassez de tempo, não pude, ainda, revisá-los. Quando me deparo, com esses, espanto-me, corro para refazê-los.
O conceito de livro é de que são páginas encadernadas, compostas por manuscritos e/ou, impressões, ou, ainda, imagens, resultando uma publicação unitária...
Conceituo, poeticamente, o livro, como que, um filho ansiado. Quando parido antes do tempo, abortado...! Causando decepção, amargura e dor.
A coletânea de textos em uma publicação unitária, nem sempre, forma um livro, e, sim... Uma simples organização de textos.
O objetivo do livro é instruir, estruturar, entreter, emocionar... A compulsão, existente, faz-nos pensar que temos que escrever, na velocidade da luz – graças a internet – . Precisamos de inspiração para tal; interagir no mundo real, viver, observar situações cotidianas; às pessoas em nosso entorno – isso proporcionará matérias interessantes.
Em suma: A internet – para alguns – é terapia; em um país onde pouco se ler, deve-se ter a responsabilidade de investir em qualidade – a partir da Antologia, para que essa, comece a ter credibilidade, e, se tornar livro, de fato.
Contra a verdade não há argumentos.
Crônica:POR QUE A DESVALORIZAÇÃO DAS ANTOLOGIAS?EstherRogessi,Recife,05/02/13.
O trabalho POR QUE A DESVALORIZAÇÃO DAS ANTOLOGIAS? de EstherRogessi foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.