Dando uma volta pelas minhas lembranças

No fim deste domingo, fui dá algumas voltas pela minhas lembranças. Encontro um sol ameno e já exausto pela estafante tarefa de iluminar por todo dia, meu pequeno planeta.Se alegre ou triste, as voltas que darei pelas minhas lembranças, pouco me importam, pois, quem tem a graça de viver e, na memoria agasalhar lembranças, no fim de tudo, no coração e alma, ficam apenas, as belas e boas recordações que, deixam na alma, uma saudade suave e mansa. Assim, sem receio de me machucar, e determinada, inicio a volta ao passado. Difícil saber, vou a direita, esquerda ou sigo em frente... e, agora, abraço a oportunidade, e me encontro, sentada no banco, daquela Praça.

Aqui, na Praça nada ou quase nada mudara.Seus canteiros floridos em, formas geometrícas, sãos os mesmos do meu tempo de criança, quando aguçavam a minha curiosidade, nas claras tardes de domingo. Minhas irmães e eu eramos levadas pelas mãos abençoadas, orientadoras e carinhosas dos meus pais, para desfrutarmos daquele alegre passeio, ao ar livre.Entre, um saboroso sorvete, um " doce -americano" e um saquinho de pipocas, regadas a "manteiga da terra", faziam nossa festa, naquelas tardes de domingo.

Os bancos da Praça, entre canteiros floridos bem cuidados, e suas Palmeiras Imperiais, viviamos momentos de crianças felizes. Eu vivi: Palhaços de " perna-de pau", Malabaristas, Pipoqueiros, Sorveteiros, muitas crianças. e casais de mãos e braços dados, circulando pela Praça. Particularmente eu adorava ver chegar o " carrinho de mão" coberto de flores e rosas de várias cores e matizes que " Seu Zé das Flores", pela vida, ia sobrevivendo com a venda das rosas fazendo a alegria dos casais casais, passeando pela Praça.

Estas lembranças, belos momentos, estão aqui comigo, desfilando instantes felizes, testemunhas da fase de transição de infância- adolescência... hoje, a jovem universitária que era ontem, não perdeu o costume de por estes bancos saborear um sorvete. E, quando ao cair da tarde, temos a revoada de passaros e pombos em perfeita harmonia, batendo, asas, em busca dos seus ninhos, neste instante, a saudade, que de mim, andava até, um pouco distante, senta-se aqui comigo, dividindo o mesmo banco.

Agora, algumas décadas passadas, andam comigo por estes momentos mágicos, de recordações e lembranças. E eu, de esperanças feita, acredito no milagre dessa simbiose e, a saudade, que em meu coração se aninha me invadindo a alma, sai por ai, em voos rasantes pela cidade e, vai pousar de leve na janela da tua casa e, avisa que eu estou a tua espera, na "mesma Praça, no mesmo banco".

Josenete Dantas
Enviado por Josenete Dantas em 05/02/2013
Reeditado em 22/01/2015
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