Doce e Amargo
Eu não estou certo a respeito de muitas coisas, a respeito de muitas pessoas. Apesar que algumas vezes eu bem que gostaria de estar errado na maioria delas. As vezes eu gostaria de estar enganado quanto a muita coisa que eu penso. Gostaria que não, nem tudo fosse como eu digo ser, como eu sinto e enxergo. Não estou errado, mas também não me sinto certo. Longe de mim, que sou alguém falho e errôneo como qualquer outro. Não é essa a intenção.
Eu não dito as regras.
Não crio os padrões, nem os imponho.
Não estipulo limites.
Não crio definições a cerca de nada, nem de ninguém.
Nem preciso.
As pessoas são o que são.
São isso aí, essa realidade estampada na cara, borrada na fala, disfarçada no olhar. Esse poço acumulativo de coisas que não deveriam ser cultivadas, nem conservadas do lado de dentro. As pessoas costumam guardar dentro o que deveria estar do lado de fora, enquanto o que é bom se esvai, escorre e evapora no asfalto.
Não sou feito só de erros e acertos. Há muito mais de mim, do que tua descrição silenciosa ao meu respeito consegue dizer.
Em muitos de meus erros, estão na verdade os meus acertos. E muitas das minha mentiras são, no fundo, verdades.
Verdades não ditas, silenciadas.
Adiadas.
Eu não estou certo.
Eu não sou o certo.
Mas sei que a respeito de muitas coisas não estou errado.
Há mais que erros.
Há mais que acertos.
Há um aprendizado e conhecimento extraídos do doce e amargo dessa vida.