FACEBOOK; VOCÊ É O PRODUTO VENDIDO.
Tomo conhecimento de especialistas londrinos em detectar fraudes na "antena", internet. Conhecia outros.Afirmam e listam casos sustentados em dados policiais e judiciais, ser o usuário do "facebook" o artigo vendido.Há a sequela, ou seja, são os produtos "âncora".
Não há maior clareza que esta, para mim, faz tempo. Visibilíssima, com a permissão do usuário da entrega literal de sua intimidade, de partes fundamentais de sua biografia. Nome, seu patrimônio pessoal maior, ligado à sua situação domiciliar, telefones, gostos, especiais e comuns, trabalho, locais que frequenta com habitualidade,IMAGEM (retratos), RELAÇÃO DE AMIGOS E PARENTES..... etc, etc.
Está aberto seu estatuto particular, febrilmente conquistado pela cientificidade discutida pelos dogmas inerentes para ser tutelado, protegido, através de muita luta. E fica para ser conhecido MUNDIALMENTE, de graça. Não são poucas as "dores de cabeça" que isso tem custado para incautos, e o pior, DEPOIS DE CONSTAR COMO PRODUTO DESSA REDE NÃO HÁ MAIS COMO APAGAR. Um homônimo negativado já é enorme desgaste, imagine-se a abertura franca de dados a um enorme universo. A fraude campeia solta, a ponto de acessar-se amigos pedindo ajuda para o amigo comum (de rede) doente, depositado em conta indicada a ajuda. Reedito crônica anterior escrita ano passado, e sinalizo também outra que choca, "100FACE" relatando vício assemelhado à dependência química.
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CRÔNICA ALUDIDA."VERTIGEM DIGITAL".
Já entrego faz bom tempo ao novo símbolo mundial, o computador, uma parte do meu lazer.
Além da distração me oferece múltiplas vantagens, desde razoável pesquisa, agendamento de viagens, seleção de hotéis, coleta de preços, visualizações de lugares, etc.
Quem negar o auxílio dessa esmagadora ferramenta que faz encurtar necessidades estará mentindo. Nem se fala mais no salto do escrever manualmente ou com a velha máquina de escrever, peça de museu.
Mas a “vertigem digital” varre o mundo como uma espiral de um furacão cassando liberdades individuais sem que seu detentor perceba, até por desconhecê-las como inseridas em seu estatuto pessoal de cidadania, marcadas nas Constituições, entre elas o direito de intimidade , de privacidade e até o de imagem. Todas principalmente a última liberdade perquirida nos tribunais.
Sempre evitei as tais redes sociais que insistem em nelas me inserir. Perdem tempo...Minha vida é só minha e o confessional que promana de minha história e lanço nesse espaço tem o exclusivo selo de minha vontade.
O teórico britânico Andrew Keen, polêmico pensador do mundo digital, lançou livro no Brasil, “#vertigemdigital”.
Diz que as redes são UMA AMEAÇA ÀS LIBERDADES INDIVIDUAIS. Está certo.
Identifica nascer o fato dessa participação em avalanche que desnuda todos os seus momentos particularíssimos e fatos diários de sua vida como narcisismo e remata afirmando “QUE PODEMOS TENTAR SER MAIS MADUROS, EVITAR O NARCISISMO E DEIXAR DE LADO A SEDUÇÃO DIGITAL”. Sedução é sedução...e a história narcisista persiste fortemente no ser humano.
De várias formas já abordei o mesmo tema, meramente como cronista diletante, o que me apraz e faço neste único local da internet que me coloca em contato do qual muito gosto com pessoas em geral.
Qualquer outra referência a mim, como colocar meu nome no google, Celso Felício Panza, ou mesmo Celso Panza, resultam de trabalhos institucionais, entrevistas, matérias que escrevo no Recanto ou em outro local que escrevi antes desse e está praticamente desativado.
O escritor britânico disse ter um amigo que cancelou a conta no facebook e ouviu da filha que isso era cometer suicídio. Veja-se ao ponto em que chega este vínculo quase patológico. E afirma o especialista digital que diria o contrário, “QUANDO VOCÊ CANCELA SUA CONTA NÃO É MAIS UM CADÁVER”.
Vejo nas duas pontas exacerbação, mas evidente que quem abre sua vida fartamente em dados particulares perde a privacidade, irmã da intimidade, direitos de personalidade garantidos na Carta Política em seu artigo quinto. E o pior, em mundo ampliado onde se conhece sem conhecer com a necessária cautela. Mas há a liberdade para fazê-lo. O sigilo de dados é imperativo para segurança pessoal de todas as formas. O mundo já foi mais inocente, menos maldoso.
Mal comparando, o perfil lançado no Recanto, quando não lista estilos descompromissados, relata profissões, títulos, etc, e me perguntam a razão de não fazê-lo. Precisaria? Não estou me candidatando a nenhum emprego, e já declino em crônicas muito do que faço.
As violações de direitos estão avançando na internet, é preciso cuidado, os tribunais começam a multiplicar conflitos nela nascidos, mas cada um preserve seus direitos, principalmente de acordo com sua vontade, porém acautele-se.