A MÁFIA TEM NOVO CHEFE
O dublê de bandido e senador Renan Calheiros foi eleito com 56 votos para presidir o Senado pelos próximos dois anos. Alguns dias antes da eleição o mafioso Renan Calheiros foi denunciado pelo Ministério Público ao Supremo Tribunal Federal por desviar dinheiro do Senado, isso em outra gestão; agora, depois de eleito ele sucederá outro bandido de grande porte, José Sarney.
Meu Deus! Sai Al Capone e entra Dillinger.
Agora imaginem: O mafioso Renan Calheiros retoma o comando do Senado ou Máfia, cinco anos após renunciar ao cargo para não ser cassado e uma semana após o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, tê-lo denunciado por peculato (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica e uso de notas falsas.
Quanto ao sucedido José Sarney, que por si só já é uma afronta ao povo brasileiro, só é superado em matéria de bandidagem por sua filha Roseana Sarney. A filhinha do honorável bandido é PHD em suborno, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva. Superou o pai.
Em junho de 2007, Renan Calheiros foi acusado de receber ajuda financeira de um lobista, Cláudio Gontijo. O assunto teve destaque na edição da Revista Veja, de circulação nacional, que chegou às bancas no dia 25 de maio de 2007. Na capa, aparecia o dono da empreiteira baiana Gautama, Zuleido Veras, o então Ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e o próprio Calheiros.
Foi essa edição da revista que fez com que o país inteiro descobrisse que Renan Calheiros tivera uma relação extraconjugal com Mônica Veloso, advindo daí uma filha, cuja pensão era paga em dinheiro vivo, através de um lobista e empreiteiro da Mendes Junior.
Renan Calheiros também usava laranjas para controlar duas empresas de rádio e um jornal no seu estado numa sociedade oculta com o usineiro João Lyra que dava amparo.
O controverso João Lyra é pai de Thereza Collor, cunhada do ex-presidente Fernando Collor de Mello, e já foi acusado de utilizar trabalho escravo em suas empresas; hoje está muito distante da era de ouro da República das Alagoas.
Personagem que ilustrou como poucos a história de coronelismo do Nordeste brasileiro, o deputado federal João Lyra de 82 anos, vive sua decadência empresarial e política. Dono de um império e um dos usineiros mais importantes do País está afundado em dívidas e abandonou o crápula Renan Calheiros.
Quando ao chefe da Máfia, hoje ele responde outras acusações como de formar lobby para que outros amigos furassem a chamada “fila” para receber indenizações baseadas na Lei da Anistia por suposta perseguição na ditadura. Como se vê, o bandido estava fora da mídia, mas continuava atuando nos “bastidores”, tal qual faz Fernandinho Beira-Mar de dentro do presídio, continua dando às cartas.
A amante Mônica Veloso foi parar na capa da Playboy e Renan submergiu, amainou-se.
Foram quase cinco anos longe do centro dos noticiários, porém, sempre atuante em off nas maracutaias.
Hoje ele volta aos holofotes, como sempre gostou, arrogante, insolente e vaidoso; é o novo chefe da máfia que tomou o Senado.
A fila de imbecis que o segue se postou a frente do padrinho e, num ato de genuflexão lhe beija a mão.
Ave dom Corleone!