À espera da colheita
Ao meu redor, verdades têm se revelado, jogando por terra falsas impressões.
São máscaras que caem, e revelam pavorosas e legítimas deformações de caráter.
Vivo o encerramento de um ciclo de histórias mal contadas, de mentiras, de desrespeito.
Quero ao meu redor pessoas autênticas.
Mas começo a questionar a confiabilidade humana e a desacreditar da mesma.
Nestes dias encontro-me pasma diante da capacidade humana de dissimulação, da habilidade em ludibriar, brincar com sentimentos alheios.
E nem digo isto apenas por mim.
Mas em nome de todos e todas aqueles que um dia depositaram sua confiança em alguém que consideravam "especial" e descobriram que esse alguém era um(a) personagem.
Que atuava o tempo todo.
Questiono-me se ainda vale a pena acreditar no ser humano, eu ainda acredito em mim e que certamente há mais pessoas "do bem" espalhadas por toda a borda ocidental da via láctea.
Queria agradecer à todas as pessoas que algum dia me fizeram de trouxa, que mentiram para mim, que me causaram algum tipo de dor ou que me traíram.
Estas só fortaleceram em mim o desejo de ser uma pessoa melhor.
De mostrar a eu mesma e ao mundo o quanto posso ser imensamente feliz sem elas em minha vida.
"Obrigado por ter se mandado", já dizia Cazuza.
Não acumulo rancores, não sei fazê-lo.
Tal característica já fez com que eu permitisse que pessoas se reaproximassem quando cometiam algo ruim.
Mas acredito que colhe-se aquilo que se planta.
Plante dor, traição, mentira, ilusão, e é isso o que colherá.
E a colheita não tarda, pode acreditar.