À espera da colheita

Ao meu redor, verdades têm se revelado, jogando por terra falsas impressões.

São máscaras que caem, e revelam pavorosas e legítimas deformações de caráter.

Vivo o encerramento de um ciclo de histórias mal contadas, de mentiras, de desrespeito.

Quero ao meu redor pessoas autênticas.

Mas começo a questionar a confiabilidade humana e a desacreditar da mesma.

Nestes dias encontro-me pasma diante da capacidade humana de dissimulação, da habilidade em ludibriar, brincar com sentimentos alheios.

E nem digo isto apenas por mim.

Mas em nome de todos e todas aqueles que um dia depositaram sua confiança em alguém que consideravam "especial" e descobriram que esse alguém era um(a) personagem.

Que atuava o tempo todo.

Questiono-me se ainda vale a pena acreditar no ser humano, eu ainda acredito em mim e que certamente há mais pessoas "do bem" espalhadas por toda a borda ocidental da via láctea.

Queria agradecer à todas as pessoas que algum dia me fizeram de trouxa, que mentiram para mim, que me causaram algum tipo de dor ou que me traíram.

Estas só fortaleceram em mim o desejo de ser uma pessoa melhor.

De mostrar a eu mesma e ao mundo o quanto posso ser imensamente feliz sem elas em minha vida.

"Obrigado por ter se mandado", já dizia Cazuza.

Não acumulo rancores, não sei fazê-lo.

Tal característica já fez com que eu permitisse que pessoas se reaproximassem quando cometiam algo ruim.

Mas acredito que colhe-se aquilo que se planta.

Plante dor, traição, mentira, ilusão, e é isso o que colherá.

E a colheita não tarda, pode acreditar.

Magali Lopes
Enviado por Magali Lopes em 03/02/2013
Código do texto: T4121108
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