Faz Parte

Um grande comitê festivo reuniu aleatoriamente belos jovens de classe média, com carreiras promissoras e aparência saudável, para um entretenimento musical. Todos estavam descontraídos, alguns compartilhavam comemorações, faziam planos, namoravam, paqueravam e dessa forma, totalmente desligados dos problemas cotidianos e, portanto, indefesos emocionalmente e psicologicamente para reações imediatas de autoproteção. Esse foi o cenário perfeito para se tornarem alvos de um somatório catastrófico de ações insanas que provocaram a tragédia encadeada por falhas advindas de irregularidades, culminando na exterminação em massa desses clientes, através da "dissimulada câmara de gás" inserida no ambiente e embutida como revestimento inofensivo sob a forma de espuma, instalada na casa noturna que por necessidades óbvias, precisava favorecer a boa acústica para o ambiente, mesmo desconsiderando a qualidade do material a ser utilizado para atender a correta adequação logística.

"Agentes invisíveis" trabalharam em comunhão, para que o conjunto de omissões das autoridades e dos (ir)responsáveis pela existência e funcionamento do estabelecimento, pudessem servir de instrumentos para que as "ações espirituais vingativas" de um passado cruel, agissem em sintonia a partir de uma simples faísca, que acionaria e desencadearia o processo reativo letal para atingir o maior número possível de pessoas numa histeria coletiva.

Âncoras midiáticas passaram a semana focando os detalhes e as descobertas que estavam ocultas e nada foi novidade, apenas confirmaram que as omissões e improvisações administrativas e técnicas ainda FAZEM PARTE DO SISTEMA! Um filme repetido cujo release já foi massificado em tragédias anteriores.

A fiscalização frequente somente ocorre, quando há denúncias... Protelar soluções que deveriam ser imediatas, é o mandamento da burocracia! Não planejar com seriedade é utilizar-se de improvisos, pois economiza-se o tempo! Criar inadvertidamente alguns malabarismos para chamar atenção do público, é a estratégia dos artistas.

Uma tragédia desse porte causa comoção nacional, internacional e dividir a culpa, significa redistribuir a responsabilidade e reduzir a penalização. A bem vinda comoção popular promove uma solidariedade forçada que também é estimulada por muitos que se utilizam do momento, para "se mostrarem sensibilizados" numa projeção marqueteira pessoal diante da mídia.

Compartilhar prejuízos emocionais comanda o processo da dor e causa reflexões...

Ainda é necessário o surgimento da morte coletiva para se obter a salvação?

Esperam-se anos e anos, e energeticamente uma sincronia indevida (ou devida?) promove um acerto de contas?

Vivemos numa dualidade psíquica constante entre os planos físico e espiritual. As interferências são sutis, ardilosas e agem no ponto fraco do Ser, que, envolvido pela vaidade da conquista do empreendimento e pela alegria do faturamento, serve de instrumento doloso e negligencia as brechas (falhas conscientes e inconscientes), que favorecem a ação do inimigo que trabalha vinte e quatro horas por dia aguardando pela grandiosa e triste oportunidade.

Se algum resgate realmente foi feito, só poderemos saber quando estivermos do lado de lá.

Santa Maria,

Rogai por Nós!

FerrCan
Enviado por FerrCan em 02/02/2013
Reeditado em 21/06/2019
Código do texto: T4120043
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