Velhos e bons tempos
 
Tenho saudades inocentes de quando enfim entrei
pela primeira vez  para a escola primária.
Dos recreios,da cumplicidade, das colegas ,das  brincadeiras no pátio, da escola e, da casa onde nasci,da casa da minha avó materna, das noites de inverno,onde o frio e a chuva silenciava tudo La fora.
No verão,era quente, rigoroso e tórrido, com tempestades e ventos cortantes,como uma navalha.
 No fim da tarde, ouvíamos sempre o badalar do sino,anunciando
a hora da ave Maria! Naquela cidadezinha calma,quando a lua aparecia, vinha tímida e preguiçosa.
Eu, e minha irmã Cris, gostávamos muito da casa de nossa avó,nas férias corríamos para lá.
Nas noites de inverno ela gostava sempre de acender o fogão de lenha para nos esquentar do frio.
Da cozinha vinha o cheiro delicioso do leite, do queijo de cabra preparado
sempre por ela...No quintal da casa nasceu isolado das outras árvores um pé de mandacaru que era de uma beleza imcompáravél.
 Quanta perfeição e harmonia!As andorinhas voavam procurando os ninhos,o amor e paz andavam de mãos dadas, e as dores eram cicatrizadas e curadas.
As lembranças ficam na memória como um jardim bem conservado, e a vida bem vivida vale a pena e vamos juntando todos os pedacinhos, e das boas lembranças fazemos um porta retrato, que guardamos em nosso álbum de lembranças para sempre.
O rio um colosso,quando vinhas as chuvas temporias a água do rio ficava turva e barrenta era o nosso lugar predileto,para nos banhar.
Nas margens do rio, nascia delicadas flores de cores amarelas de um esplendor, e um fulgor fascinantes...Éramos muito feliz! Tempos bons e inocentes!
Vem a mudanças de idade,o estudo, trabalho,faculdade em outra cidade, e também vem o primeiro amor.
Oprimeiro encanto,e o desencanto.Quando dei-me por mim já tinha uma enorme responsabilidade,parecia que carregava o munda nas costa.E para não cultivar sofrimentos tinha fome por leituras e por palavras exóticas,
 comuns e todas elas, as palavras me fascinam.
Na leitura lia o mundo,e com ela extravasso todos os sentimentos ,jogando para fora.
E o tempo passa,  hoje vou sabendo melhor  construir
os meus dias e todos os meus sonhos,sem ilusões ,com os pés mais firmes
no chão.
 
 
 

 
Rayalvessilva
Enviado por Rayalvessilva em 31/01/2013
Reeditado em 04/03/2017
Código do texto: T4116119
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