A CURA DAS DROGAS
 
 
Vez ou outra nos deparamos com os noticiários sobre o consumo público e notório de drogas violentas, exemplo, o Crack. Em São Paulo tem até uma rua que, de vez em quando, a polícia tenta de todas as formas remover aquelas pessoas que ali se entorpecem. É triste, mas é verdade.
As cenas são chocantes. Alguns depoimentos nos remetem a um estado de plena impotência diante de tão deplorável situação.
O pior de tudo isso é que não resolve, a polícia os tira daquele lugar, mas logo estão de volta. Alguns se prostituem, outros cometem furtos, roubos e assim por diante.
Então o que fazer para tirar uma pessoa do vício? Difícil resposta. Os alcóolicos anônimos, mais conhecido pela sigla AA, fazem reuniões onde a pessoa conta sua experiência vivida e aos poucos vai se libertando do consumo do álcool.
Os usuários das drogas pesadas, maconha, crack, êxtase etc. podem internar em casas especializadas para desintoxicar e pelo menos diminuir o consumo. Mas cura mesmo é muito difícil.
Por sua vez, as igrejas evangélicas, fazem um papel muito importante para resgatar aquele que enveredou pelo “caminho das drogas”. Buscam de todas as formas ajudar o usuário seja ele quem for, viciado na droga que for, não importa, todos recebem o mesmo tratamento.
Conheci um pintor de automóveis, um profissional de categoria que me contou sua experiência com a famigerada droga. Falou do início, da sua fissura pela maconha, das vezes que usou ácido e passou o dia inteiro agarrado a um poste. E o melhor, como conseguiu de fato se livrar da maconha e álcool, de uma só vez.
Para entrar no consumo de drogas ele disse que foi em virtude de uma desilusão familiar, teve uns problemas com seu pai e quando estava amargurado alguém lhe ofereceu uma solução fácil que o ajudaria a esquecer de tudo, e esqueceu mesmo, até da própria vida. Por algumas vezes terminou no hospital em convulsão, chegou a assaltar para poder comprar a maldita.
E para deixar ele me disse o seguinte: “quando você está bem no fundo do poço, quando já perdeu até a noção do tempo, não sabendo mais nem que dia da semana é, você precisa de internação e, depois, quando já consciente, que vai começar o tratamento. A base do tratamento só tem um remédio, o amor”.
Segundo suas palavras, o drogado precisa saber o quanto ele é amado pela família e, o quanto ele representa para a mesma família. Somente assim ele deixa o vício.
Refletindo sobre suas palavras eu sequer podia duvidar da sua afirmação. Ora, se ele havia deixado a droga então tem capacidade para falar. Lembrei de algumas cenas que vi quando em visita a uma determinada igreja, onde as pessoas presentes davam seus testemunhos. Todos tinham algo em comum, falavam do amor de Jesus Cristo.
Aproximei-me de um grupo e perguntei deles como se portaram suas famílias antes, durante e depois do uso da droga. Todos foram unânimes em dizer que por falta de amor da família haviam entrado nas drogas, mas que por um certo membro da família eles haviam deixado de usá-la.
Mas um depoimento em especial me chamou atenção, foi quando um rapaz de uns 25 anos me disse que o motivo mais forte, o ponto crucial, para ele deixar as drogas foi quando os familiares o acolheram e ao contrário de dizerem que ele estava se matando, se destruindo etc. se reuniam em volta dele e disseram: “não adianta, nós te amaremos de qualquer jeito, não importa o que queiras fazer da tua vida, nós sempre te amaremos até o fim dos nossos dias”.
Eu fiquei engasgado, quase chorei, foi muito forte sua experiência. Carrego aquelas palavras comigo e toda vez que encontro alguém precisando de ajuda por motivo das drogas eu repito a frase dos familiares daquele rapaz. Posso até não resgatar ninguém, mas farei a minha parte, não custa nada e pode salvar uma vida.
Criticar o usuário não vai adiantar, mas creio que, expressando o amor, tudo pode mudar. Se você conhece alguém com esse problema, fale do amor de Cristo.