O Último Suspiro
Companheiro do quarto vazio e do tédio enlatado. Consome os pulmões de culpa. Vulgo frágil e teimoso. Insisto em derrubar barreiras do compromisso eficaz para enjoar da decisão subtraída e desfragmentada.
E a memória sinestésica? À espera do ônibus, à espreita da notícia - na boemia ou na melancolia. O último palpite necessita de 3 baforadas. O adeus do beijo embriagado de câncer.
Impróprio para menores de sessenta e cinco anos, aniversariantes, debutantes, aspirantes e devedores.
Um maço e uma despedida na conta, por favor.
Usarei liberdade de cuspir no cinzeiro que meu arrependimento comeu.
Quando irá embora sem deixar vestígios?
Precisa do meu consenso? E se eu negar?
E se eu me matar? Quem vai lucrar?
Posso deixa-lo? Sim, eu negarei a saudade.
Sinto parte do minuto perdido restabelecer contato com a nova realidade.