O Último Suspiro

Companheiro do quarto vazio e do tédio enlatado. Consome os pulmões de culpa. Vulgo frágil e teimoso. Insisto em derrubar barreiras do compromisso eficaz para enjoar da decisão subtraída e desfragmentada.

E a memória sinestésica? À espera do ônibus, à espreita da notícia - na boemia ou na melancolia. O último palpite necessita de 3 baforadas. O adeus do beijo embriagado de câncer.

Impróprio para menores de sessenta e cinco anos, aniversariantes, debutantes, aspirantes e devedores.

Um maço e uma despedida na conta, por favor.

Usarei liberdade de cuspir no cinzeiro que meu arrependimento comeu.

Quando irá embora sem deixar vestígios?

Precisa do meu consenso? E se eu negar?

E se eu me matar? Quem vai lucrar?

Posso deixa-lo? Sim, eu negarei a saudade.

Sinto parte do minuto perdido restabelecer contato com a nova realidade.

Dréus
Enviado por Dréus em 30/01/2013
Reeditado em 01/02/2013
Código do texto: T4114608
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