Os reveses da seca...
Fiquei amargurada e indignada quando vi a situação do sertanejo e a judiação do gado.
A morte espraiava terror pelos pastos. Uma bezerra com ossos pontiagudos, sendo carregada semimorta. Não posso esquecer aquele olhar aterrador, pobrezinha...
Não é possível que a indústria da seca não tenha fim.
È um problema de ordem política ou natural?
Logicamente que é política, pois cansei de ler dentro da ciência geográfica e reportagens sobre outros países do mundo, que transformaram desertos em lindos oásis, graças à tecnologia.
Dinheiro tem, basta não esconder na cueca ou nas meias.
Neste exato momento, milhares de migrantes brasileiros estão deixando suas terras, perambulando como seixos sem destino. È uma busca plangente por melhores condições de vida. Esta saída do homem do campo para a cidade provoca o êxodo rural, ocasionando o inchaço nas grandes cidades, onde não tem estrutura para acolher esta pobre gente, que tem vocação para a terra. Não está preparada para a vida urbana, pois não encontra emprego, não tem moradia e fatalmente, é jogada na rua. São os chamados marginalizados da sociedade, vivendo uma vida subumana abaixo da linha da pobreza.
Esta situação é tenebrosa e vergonhosa...