REVENDO OS APEGOS

A gente passa pela vida e, muitas vezes, não aprende a ser seletivo nos apegos. É muito natural, ao ser humano, se apegar às coisas e às pessoas. Problema se torna, quando o apego é menos às pessoas e muito mais às coisas. Aí a gente fica observando os comportamentos. Tem gente que cuida, com tanto carinho, do carro, da moto, da casa, e coisas outras, e não demonstra a mesma atenção e a mesma delicadeza no trato para com as pessoas. Coisa que se agrava quando a indelicadeza ou no mínimo, a frieza, se dá para com a esposa, para com os filhos, para com o marido. Pessoas que declaramos mais amar na vida. A gente deveria aprender bem cedo em nosso curto viver, a gostar de coisas e amar pessoas. Entretanto, acabamos, em algum ponto da estrada, invertendo a situação. Passamos a amar coisas e a gostar de pessoas. Tem aqueles que, por exemplo, batem no filho, porque colocou a mão na lataria do carro que ele acabou de polir. Aquela que fica olhando para os pés das visitas, quando entram em sua casa, que acabou de limpar. Se for o marido, então, pode tirar o sapato lá fora, se quiser entrar. Claro que não vamos desarrumar o que está no lugar e sujar o que está limpo, mas, cuidado com trocas de apegos. Pois, como disse poeta inglês Willian Shakespeare: "Aqueles que não mostram o seu amor, na verdade não amam". Assim, se você demonstra amor por coisas, isso ficará claro em suas atitudes. Se, porém, o seu amor é por pessoas, isso se evidenciará em cada gesto. E claro, tem que começar pela família. Afinal, como diz o Deus da Palavra, “ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o incrédulo” (1Tm 5.8). Bom será rever os nossos apegos.