Ad eternum.
O pezinho que estava para fora, cobriu-o logo com o edredom, virou-se e passou uma perna por cima da cintura do corpo que ao seu lado dormia profundamente.
Chegou pertinho encostou sua testa na dele e com a ponta do dedo indicador desenhou aquele rosto como se fosse possível deixar melhor o que ja era belo.
O 40 graus que usava na unha era da mesma cor que o amor que ela sentia, e tão quente, não a ponto de queimar, mas o suficiente para deixar aquele bronze dourado.
E foi assim, olhando e tocando cada detalhe daquele rosto que mais parecia uma pintura, doce como sorvete de creme, mais charmoso que o pôr do sol e tão, e mais, muito mais apaixonante que o luar Perigeu, dormia como uma criança, aquele que, até então foi seu grande amor.
Lembrou-se de que nada é eterno, uma única lágrima, solitária como ela seria quando o perdesse, percorreu sua face, não queria, não aceitaria, nem conseguiria caminhar sozinha.
Ele acordou.
Sorriu e lhe deu um beijo na testa, puxou-a para junto de si e beijou-lhe a boca, logo a mocinha esqueceu os pensamentos e se entregou, ré confessa, reincidente, seria condenada a prisão perpétua se eta fosse permitida em nosso país.
A manhã estava apenas começando, e ja que nem mesmo as condenações são para sempre, que aquele amor durasse, até o fim do dia...ou até o fim da vida.
Amém.