Odetinha II (Sucesso!)
“Os etruscos possuiam um entre fantástico. Era uma criança com cabelos brancos e sabedoria de sábio velho. Não há mais etruscos. TR”
Estranho pequenos milagres como realização de grandes santos. Milagre deveria ser sempre grandão já que ilustra um poder máximo. Quase sempre realizam exceções em exceções. Coaduna-se com a idéia da sorte, potencialmente dominante no senso comum. Santo mesmo, mesmíssimo, evita tragédia quando ela não ocorre.
Infantilismo lógico? Magia, poder, fanatismo, obscurantismo, drogas alucinógenas. O espírito marca nossa sociedade como o espelho do homem, ser humano econômico. Odetinha já faz milagres, pronto, imagine se deixar de fazer por falta de acordo entre os interessados? Os milagres já foram apontados pelo fantástico.
Gosto de Odetinha. Simpatizo com ela, porém sinto que era infantil demais para discernir colibri de querubim ou pirilampo de lampião nessa ausente paisagem de sua tragédia pessoal. Vida tragada pela desgraça da ciência distante.
Gosto de repetir: neste coração brasileiro mora o sujeito humilde, ignorante das coisas divinas, Ser que procura, sem compreender como se deparam facilmente com a hipnose poética das promessas.
Para elevar espíritos! Esses espíritos opositivos! Toda zoocriptologia mal serve para compreensão evolutiva? (Cuidado aqui, críticos contundentes das reflexões virtuais!) Vivas ao
puríssimo ateísmo lírico! Viver de livre diante do desconhecido tradicionalizado. Surje o homem livre, de peito aberto, com apreço maior às convicções bem mais do que dessa fé de bolso instantânea e sem custo beneficio).
Pobre sim, que a riqueza pode ser vária.
Mas a necessidade de redenção em tudo nos iguala. Necessidade poética de quem sonha de olhos abertos tantos efeitos e mistérios advindo do plano onírico convencional, fenômeno que parece conduzir universalidade no indivíduo sem ordem).
Por fim: toda opinião merece desprezo.
Trocadilhos, milagres rápidos, fama integral. Toda opinião se dissipa e se mantém reta. Na verdade o mundo é feito de santos tão discretos e inúmeros que é quase impossível examinar deles todos os milagres.
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