VALHA-NOS SANTA MARIA!

Devíamos ser mais preparados para a morte e nos acostumarmos com a ideia de que um dia todos iremos morrer. Afinal de contas este é o nosso destino desde que nascemos.

No entanto não há quem, neste momento, não esteja solidarizado com as famílias dos jovens mortos, no incêndio desta madrugada naquela próspera cidade do Rio Grande do Sul (27.01.13).

Morrer de velhice, de doença até nos prepara para a morte, mas jovens que morrem em pleno vigor da juventude é por demais triste.

Foram-se os sonhos daqueles jovens, daquelas famílias que pensavam ver suas “crianças” fazendo sucesso na vida.

Eu também estou consternado diante desta tragédia, afinal de contas tenho filhos jovens e netos que já frequentam as “baladas”. Ainda ontem à noite levei minha filha mais moça à Boate Paxá (Florianópolis-SC), onde ocorria um grande show musical.

Não consigo me imaginar ela não voltando para casa. Já passei por esta experiência quando perdi um filho atropelado em um acidente de carro. Então posso imaginar o que estas famílias sentem.

Mesmo depois das “brincadeiras proféticas” de que o mundo iria acabar, todos optaram por relaxar e ver neste momento tantos jovens mortos num local onde deveria predominar a alegria é caótico, deprimente...

Nesta hora a gente observa os programas de TV tentando arrancar a última lágrima de cada amigo ou parente, para tentar fazer a audiência subir e para que aqueles que se horrorizaram diante da tragédia, também chorassem. Isto não acrescenta nada a ninguém, muito pelo contrário, deixa-nos com a sensação de impotência diante de fatos que nada podemos fazer.

Num outro lado também temos a ganância daqueles que só pensam “vale tudo pelo lucro”. Não quero julgar ninguém e nem me alongar sobre estas duas suposições, mas vale pela reflexão...

Infelizmente nada mais mudará o destino destas pessoas, destas famílias, deste estado, e deste país que já foi maculado por uma tragédia que matou mais que algumas guerras. É lastimoso tudo isto...

Peçamos a Deus por estas almas, numa oração sentida, sem nos preocuparmos com audiências, sem nos preocuparmos se isto dá ou não lucro, mas com carinho e solidariedade, visto que a tragédia não escolhe forma, se é numa queda de avião, um incêndio ou uma enchente. Não escolhe condição social, religião, cor. Ela simplesmente acontece, e pode ser perto ou longe de nós.

Quando pensamos nos nossos, em oração e solidariedade pensemos naqueles que foram afetados pela dor. E que Deus os tenha, aonde quer que estejam agora.

Valha-nos Santa Maria! Receba teus filhos...

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27.01.13

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 27/01/2013
Reeditado em 29/01/2013
Código do texto: T4108454
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