Santa Maria e Rio

Durante a madrugada numa boate em Santa Maria, Rio Grande do Sul, um músico da banda que se apresentava resolve soltar um sinalizador. Faíscas atingem o isolamento acústico, feito de espuma, e o fogo se espalha rapidamente. Na tentativa de fugir, pessoas acabam ferindo outras. Na única porta de saída, dificuldades, pois há relatos de seguranças que impediram a evasão.

Diante disso, algumas perguntas:

Quem teve a brilhante ideia de soltar um sinalizador em um local fechado?

Não havia um número suficiente de extintores de incêndio ou um equipamento de combate imediato ao fogo?

Se a boate só tinha uma porta de saída, por que liberaram o funcionamento do local?

Quem mandou os seguranças barrarem a saída dos frequentadores?

Estariam as boates do Rio de Janeiro preparadas para enfrentar uma situação semelhante? A resposta: duvido. Em muitas casas noturnas da cidade, os organizadores enchem o local de modo a não permitir que as pessoas se mexam na pista de dança. Além disso, não são notados extintores de incêndio nem outros equipamentos de combate ao fogo. Sem contar que muitas apresentam apenas uma porta de saída – que é também a de entrada – e contam com a presença de seguranças dos mais truculentos.

Antes que aconteça uma tragédia parecida por aqui, denúncias devem ser feitas para que ocorra uma fiscalização mais rígida, que possa gerar alguma mudança.