Tulipa Ruiz
Depois de vários meses sem sair de casa á noite, hoje decidi arriscar e me lambuzar na Lapa. A noite estava quente, muito quente, e a ansiedade de ver ao vivo a cantora Tulipa Ruiz no Circo Voador era grande; confesso que nos últimos tempos poucos artistas brasileiros me surpreenderam de forma tão positiva. Tulipa é, sem margem para dúvidas, uma artista completa dos pés á cabeça; sua performance a arranhar o dramático é mesclado com um lado extrovertido que se reflete na dança corporal que ela tão bem executa e numa simpatia de fazer inveja a qualquer mulher. Já nem falo no vozeirão que ela tem, isso é magnanimamente perceptível quando ela abre sua linda boca. Há nela algo de meigo, de verdadeiro, no fundo ela se diverte fazendo aquilo que gosta. Como seria bom se todos nós pudéssemos, ao menos uma vez na vida, fazer aquilo que gostamos. Quantos de nós somos obrigados a trabalhar contrariados, ocupando funções que nada tem a ver com a nossa cara. Perda de tempo? Sim, e perda de talento.
São 3.30h da madrugada, uma hora passou desde que o concerto terminou, escrevo no agora para que o amanha não apague o hoje.
Tulipa, Tulipa, Tulipa... Foi “Tudo tanto”.