Louco

Ser louco é acreditar que existe o amor. Ser louco é ver uma mulher bonita e achar que ali você encontrou a pessoa da sua vida; mesmo que tenha sido ao acaso; mesmo que tenha sido numa festa onde você foi sem ter planejado e que no último momento apareceu para você um convite. Ser louco é amar desmesuradamente alguém que você apenas olhou. Que você desejou! Dormir no mesmo dia, imaginando como seria aquela pessoa; se ela realmente é daquele jeito que ali na sua frente ela demonstrou. Ser louco é ver alguém, e enxergar nela uma porção de coisas: enxergar nela aquilo que ela tem de mais interessante – ver sua beleza transbordando; sua gentileza no trato com as pessoas; conversando com todos de maneira educada e simpática; ver sua discrição e humildade; ver seu carisma; ver seu sorriso lindo, ao ficar ali preparada para pegar um sapinho, que pode não significar nada para ela, pois certamente existem homens lhe querendo. Mas, ao vê-la, ali, em pé, com um sorriso lindo e um brilho no olhar estonteante, foi mágico!

Ser louco é acreditar que dali haveria algo de bom. Ser louco é ir atrás dessa pessoa. Ser louco é procurar seu fone, procurá-la na internet, sem nunca ela ter falado com você. Ser louco é acreditar que um dia você encontrará a alma gêmea.

É dessa loucura que eu preciso sair. É desse lado, infantil e maternalmente querido, que preciso me afastar. Preciso ser normal, e colocar o trabalho, o dinheiro e os negócios como as únicas coisas que interessam na vida. Preciso parar de ser louco, e viver, dopadamente, a vida.

arrab xela
Enviado por arrab xela em 26/01/2013
Reeditado em 27/01/2013
Código do texto: T4106474
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