SOCIEDADE, ARTE E CULTURA A PARTIR DA PERCEPÇÃO VISUAL.

Hoje eu tive um pesadelo, onde o passado se confundia com algo superior, passeando sobre a “nova praça do povo” senti a presença estranha da “morte” como se fosse uma maneira de me sentir viva, consegui entender a mensagem como devemos nos transpor para outra realidade artística, como um senso fora do comum.

Desorganizar o organizado ousamos cada vez mais pra chamar pra si a beleza da arte precisamos sentir através da arte correr mais a frente do sol. E o que fizemos na praça do povo Foi exatamente isso, voltar às pessoas para uma nova consciência artística repassar a originalidade da arte e chamar a atenção do cidadão.

Agora é a hora de escancarar uma arte contemporânea de outra forma, mudar o imudável essa é a idéia, mais como fazer isso? Como restransformar o que já foi por séculos, como responder perguntas. Que não se encontra devidas respostas, devo me jogar nessa arte como forma inevitável de autoconhecimento, mas se temos a arte ao nosso favor o porquê de reinventá-la tanto para precisar mostrar o patético contemporâneo em forma de estética, o que foi feito na praça debaixo de um sol escaldante? Algo pra atingi a sociedade, mover a comunidade? Mostrar arte em formas de traços, notas musicais e um poema “barato”. Por que se for pra fazer isso quero ser artista visual, mas não quero contemplar o que a sociedade impõe, estou cansada de ouvir, isto ou aquilo, não quero ser medíocre, não posso mais. Quero sim conhecer e repassar arte, viver e entender a sociedade como arte e cultura.

Quero voltar ao ponto inicial, mergulhar anos antes de Cristo ou o evolucionismo, como um feto ordinário que fui no doce ventre de minha mãe na originalidade da loucura, mergulhar no rio de amor sem fim e não voltar sã.

É preciso enlouquecer, é preciso também mexer na ferida de cada um para encontrarmos a essência muitas vezes já perdida.

"A vida é uma história contada por um idiota, cheia de som e de fúria, sem sentido algum.” Começo por “MacBeth - Reinado de Sangue”, por tão irracional que eu seja não consigo ver que eu estou do teu lado. Não consigo ver, por exemplo, o amor além das entrelinhas, o que bem sei é que estou doente.Foi num momento de embriagues que conheci Shakespeare, além da loucura e da indecência que me assombra diariamente.Foi a partir daí que nunca mais tive medo da estrela de Salomão.Que carrego tatuado no meu pulso, o fato de sempre ter me sentido sozinha.Não impede de te desejar tanto, e querer beber teu sangue como um licor delicioso.Agora é a hora de falar abertamente.Que o meu lugar é o seu, no meu corpo inteiro.

Gleice Kelly Medeiros- Artes Visuais - UFPA. 2013