Dia de domingo
Nossa casa é casa de todos.
Sempre abro as portas e escancaro as janelas. Olho pra fora, pra ver se algum amigo esta me aguardando. Se estiver, como é de costume, entra e se serve de café.
Mesa esta sempre posta. De um tudo, pra quem quiser.
Sento-me na soleira e fico a olhar o movimento na alameda. Quando alguém aponta na esquina já abano a mão e digo, como quem já esta acostumado e com imenso prazer.
- Dia!
Aguardo a resposta com um enorme sorriso, estampado no rosto.
Saio a perambular pelo quarteirão. Levo algum tempo pra completar a lenta caminhada. Deixo-me levar pela conversa furada. Atenho-me a cada detalhe com demasiado interesse.
Cantarolando canções, dais quais não lembro a letra toda. Pássaros de todas as cores me acompanham. A como seria bom...
Nuvens no horizonte anunciam a chuva de verão. A tardezinha ela chega forte e intensa acompanhada do badalar dos sinos da capela e do mesmo modo se despede, deixando um gostoso cheiro de mato.
A noite se anuncia com cadeiras na frente das casas e, mais conversa jogada fora. Como é bom!
As estrelas brilham intensamente e começam a embalar o sono. Ahhh! Como é bom!
Noite! Até amanhã!