USO DO CRACK TAMBÉM É UMA FORMA DE MISÉRIA EXTREMA!
Comentários no link http://carloscostajornalismo.blogspot.com.br/2013/01/uso-do-crack-tambem-e-uma-forma-de.html
Os dependentes químicos do crack também podem e devem ser enquadrados pelo Governo Federal dentro da categoria de “miséria extrema” a também ser exterminada. Não com prisões de dependentes químicos maiores ou apreensões de menores! Todos precisam ser tratados indistintamente e o tráfico precisa ser combatido, simplesmente.
Ou o Governo Federal enfrenta de uma vez por todas o combate ao crack ou o crack vai acabar enfrentando e afrontando o Governo Federal porque estamos perdendo uma geração para o tráfico e o consumo de drogas. Como já afirmei o consumo de crack também é uma forma de miséria e de degradação humana e precisa ser combatida e enfrentada por ações de Governo porque os viciados perambulam pelas ruas, se prostituem, matam, se tornam violentos e roubam até de suas famílias para sustentar o vício e comprar mais drogas!
Os micro-traficantes continuam mudando apenas de lugar e 98% dos Municípios informaram que possuem problemas com a droga. Por que o Governo Federal não cria, implanta e desenvolve uma “Bolsa Crack” e oferece de graça para as famílias de todo o Brasil um tratamento digno que coloque toda uma “geração perdida” para o crack de volta à sociedade.
Em diversos comentários que tenho feito e escrito sobre o crack e a dependência química de qualquer natureza que seja, não é fácil se sair dela. Precisa de todo um aparato clínico para enfrentar o problema e não serão medidas pontuais no Rio e São Paulo que resolverão o problema do Brasil. Os dois Estados estão fazendo o que podem, oferecendo leitos, internando à força, mas isso só não basta porque hoje o Brasil está contaminado pela droga e 98% dos prefeitos entrevistados pela pesquisa declararam ter problemas.
Mas não é prendendo traficantes e apreendendo menores viciados que se vai equacionar o problema, que é totalmente social e estrutural também. O crack não escolhe classe, cor ou formação intelectual. Essa droga já virou uma epidemia nacional e precisa ser enfrentada pelo Governo Federal e não apenas com a liberação de recursos, pagamento de leitos em hospitais e, sim, mandando construir uma rede de hospitais, equipando-os com pessoal humano qualificado – médicos, psicólogos, assistentes sociais etc.
Caso contrário, o crack dominará o Brasil e teremos no futuro uma geração de inúteis porque a droga debilita a saúde mental do ser humano. Não é fácil a recuperação do dependente químico, também não fazendo sua internação contra a vontade do paciente que se vai resolver o problema. Só defendo a internação forçada pela Justiça em último caso!
Sei o quanto é difícil e complicado o combate ao vício. Mas não serão as Igrejas Evangélicas ou Católicas, que resolverão o problema, porque quando possuem tratamento para a dependência química do crack custam muito caro e as famílias de baixa renda não podem custear todo o tratamento e os drogaditos fogem e voltam a consumir a droga novamente. O Governo Federal que distribui tantas bolsas para erradicar a miséria no Brasil, deveria criar, implantar e desenvolver tratamento para o crack porque estes também são miseráveis, consumidos pelo vício.