O sonho que entrega l (a trilogia)

7:23 da manhã, o celular toca. É Filomena ligando pra Carlos que mal acabara de sair pra ir trabalhar. Carlos acorda de segunda à sexta às 5:30, e sai de casa pro trampo entre 6:10 e 6:20. É dura a vida e a rotina de casa/trabalho – trabalho/casa, todo santo dia, e aos finais de semana futebol na Tv.

- Oi amor, estou te ligando somente pra te desejar um bom dia tá...

- Um bom dia pra você também Filó.

Filomena acorda todos os dias junto com Carlos, é companheira dedicada, fiel, organiza suas coisas de trabalho, roupa, café da manhã, gosta e valoriza muito Carlos, porém é muito muito ciumenta, desconfia até dos sonhos.

- Estou te ligando também pra dizer que sonhei com você.

- E como foi o sonho Filó?

Pergunta Carlos, sentado no banco do ônibus, na parte do corredor, pois não conseguiu chegar no ponto final a tempo de pegar lugar na janela, ele tem pessoas ao seu lado esbarrando o tempo todo na viagem do Pavuna X Central parador.

- Na verdade não foi um sonho, e sim um pesadelo.

- Um pesadelo? E como foi o pesadelo? Alguém morria?

- Como você pôde fazer isso comigo Carlos?

- Fazer o que Filó?

- Me trair desse jeito?

- Do que você está falando Filó?

- Você sabe muito bem... do meu pesadelo...

- Qual foi o pesadelo?

Pergunta Carlos já preocupado...

- Sonhei que você está me traindo com uma piriguete do teu serviço!

- Minha nossa... Me fale a descrição pra eu ver se bate.