VIVER E MORRER.

Estes os dois extremos que ninguém conhece e insistem muitos em explicar. Em vão. E não entendem nem mesmo que são peças do mesmo jogo, existir de duas formas; existência, material e imaterial.

Complicado? Não(!), simples. A complicação, como tudo, nasce da falta de entendimento, imagina abordar o ato sublime e elevado da ação do verbo compreender, e não o fazer devidamente. As duas existências, primordialmente a imaterial, ninguém explicou, mas suas consequências são flagrantes para o médio entendimento.

A material continua em vazio que atinge ao simplório com todo o avanço da ciência, explicando muito pouco, viver é o ato decorrido depois do nascimento, que não passa da singela explicação da união de dois gametas, óvulo e espermatozóide. E antes? Quem formou os gametas, como se formaram, como surgiu a vida?

O homem hoje vive muito. Com a chegada da penicilina as infecções foram combatidas de maneira satisfatória, a vida antes era curta, faz pouco tempo. Hoje sua elasticidade deve ser comemorada.

A lei de seleção pela maior saúde corporal imperava. A lei de Spencer, seleção natural, ditava as regras. Os mais fortes sobreviviam às moléstias. Isso mudou...

Essa mudança mudou a tabela de mortalidade que avançou temporalmente. Mas tudo tem preço.

A demografia alargou-se, em breve seremos sete bilhões de pessoas no Planeta Terra, que vai sendo exaurido em sua capacidade criativa natural, espécies sucumbem, alimentos desaparecem, climas se alteram. Ao mesmo tempo em que seria (condicional) natural, forças maiores, implementadas pelo homem interferem.

A vida e a morte têm suas esferas de atuação na metamorfose natural, mas o gigantismo da temporalidade existencial dilargada pela tecnologia, verá seu preço cobrado pela serena e tranquila mudança da natureza que vem sendo atingida, de forma violenta, egoísta e personalista.

A compreensão da vida e da morte será mais difícil.....

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 24/01/2013
Reeditado em 24/01/2013
Código do texto: T4102522
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