30 DIAS DE ALEGRIA

Era dia 22 de dezembro de 2012, por volta das dezoito horas, decidi me inscrever no site Recanto das Letras e publicar meus pensamentos. Seria uma forma de aprimorar minha escrita, exercitar o meu falho português, quem sabe praticando eu consiga melhorar. Para mim nada custaria, apenas alguns minutos de dedicação, considerando que tenho uma facilidade de escrever contos em vinte minutos.
Parei, pensei e olhando para tela do PC decidia sobre o que deveria escrever. Como estava chegando o Natal decidi falar sobre ele, mesmo me doendo muito. Costumo dizer que Natal é somente dor para mim, recordo das minhas dificuldades, da falta de alimento, das festas sem pai, enfim, sofrimento puro e simples. Mas decidi enfrentar, se chorasse ninguém estaria vendo, azar do teclado que poderia molhar com minhas lágrimas.
Postei minha primeira crônica na vida, com quase cinquenta e dois anos, tive a coragem de expor meus pensamentos publicamente, se seria aprovado, somente o tempo vai dizer. Penso que todos não começam por cima, ou será que os grandes vultos da história começaram deslanchando? Claro que não, ninguém entra no primeiro emprego como chefe, todos se aprimoram, é a lei do crescimento.
O temor era justamente a falta de correção do texto, quando escrevo minhas humildes peças jurídicas peço para o meu filho ler e as corrigir, ainda imprimo e, rabiscando o texto, geralmente encontro cada besteira que não consigo explicar como a escrevi, mas acontece.
Mas fui em frente, decidi então escrever e tentar de todas as formas corrigir as bobagens que escreveria, se passar alguma ortografia errada, discordância verbal, ou qualquer outra regra engolida por mim, acho que serei perdoado, mesmo porque, não sou PHD em coisa alguma, sou apenas um contador de histórias que compartilha seus pensamentos com a massa. Se estivesse escrevendo como advogado ou para uma banca de gramáticos deveria primar pelo texto erudito e quase perfeito.
Mas senti confiança em continuar na minha vontade de escrever, afinal de contas, não conheço nenhum cronista que escreva com perfeição e muito menos em termos altamente cultos, pelo que vejo no dia-a-dia os termos são no coloquial, como se fosse uma matéria de jornal do povo, para o povo. Isso é crônica.
Como dizem as pesquisas, que muita gente não sabe ler corretamente, e as que leem não consegue entender, decidi ir pelo caminho popular, falar da forma que possa ser entendido, mas também, não desceria aos termos chulos e sem propósitos.
Como citei no meu perfil, já estão prontos quatro livros de bolso, e em processo de revisão e edição mais dois médios. Quando recebi da minha filha Larissa o primeiro livro corrigido, queria lhe arrancar os cabelos, meu texto mais parecia um jogo de caça palavras, todo rabiscado em vermelho. Incrível como tanto errei e não vi, palavras repetidas, discordância, falta de sentido o escambau.
Assim os livros chegam nas prateleiras perfeitos, corrigidos e prontos para ser degustados. Tem um famoso escritor brasileiro que não aceita correções em seus livros, segundo a crítica somente na tradução os corretores alteram os erros, mas em português fica do jeito que ele escreveu.
Bom, já são mais de seiscentos acessos aos textos por mim escritos, acho que estou no caminho, quem sabe com uns trinta anos chegarei próximo do bom. Tenho recebido muitos e-mails, inclusive alguns falando que já escreveram sobre o mesmo tema, uns me dando parabéns, outros me fazendo críticas construtivas as quais agradeço. Nesse universo recebi um fazendo a crítica pela crítica, se dizendo professor, embora usasse endereço eletrônico falso. Imediatamente identifiquei seu autor é um estuprador desprezível, falsário, doente em fase terminal, daí seu ódio pelo sucesso dos fatos narrados.
Quero reiterar a cada um meu obrigado pelas leituras, vocês ainda sorrirão muito com inúmeras histórias que vou contar. Outras serão triste, mas revelarão a verdadeira face de um bandido travestido de bom moço.
Pelo carinho, amor e perdão agradeço. Após 30 dias, continuarei pedindo a Deus que me guie pelo caminho da humildade, ainda que eu tente dele me desviar.