POR POUCO NÃO MATEI UM SARGENTO

Hoje, eu quase matei um sargento feminino da Força Aérea Brasileira... Mas, de rir.

Falei-lhe do meu projeto e disparei a falar e falar e falar minutos a fio... Até que por fim, dei um suspiro e disse pra ela: "bixinha - digo "bichinha" porque sou cearense, viu?" Ela gargalhou até não poder mais até meu último disparate. Ela não riu da frase, nem da explicação em si. Riu-se do meu jeito cearense de explicar o porque do "bichinha".

Eu sou toda explicadinha... Eu sou um saco, há poucas pessoas que me aguentam, porque eu sou uma coisa séria...

Vamos ao segundo motivo do riso da sargento.

Estou com a cabeça tão lotada de projeto literário envolvendo a FAB que comecei a falar de coisas que ela já sabia por trabalhar no CECOMSAER em Brasília. Falei do que pertencia ou não pertencia à FAB e a bichinha caladinha, educadamente só ouvindo... Mas, sabe Deus as caretas ou os risos que ela fez do outro lado da linha. Até que por fim, eu disse pra ela: "É, sargento... nada disso que estou lhe falando é novidade, né?"

Riu-se que dobrou e, delicada, aos prantos de risos, ainda disse em tom educado: "Magina, fique à vontade... A senhora quer falar com a Tenente?" E tome kkkkkkkkkkkkkkk.

Ha ha... você deve ter pensado que me encabulei, não é mesmo? Que nada! Mandei mais uma:

Eu disse: "Sargento (kkkkk) Acho que estou é pirada! Tudo que tenho aprendido sobre a FAB está me deixando assim, desse jeito... É um papo muito louco! E só quem gosta mesmo do assunto pra falar sobre isso comigo..."

Gargalhamos as duas e ela repetiu: "Papo muito louco! Adorei!"

Eu disse: É, sargento... Esse é um papo muito louco (as duas rindo).

Quando recobrei o juízo eu disse: Sargento, acho melhor esperar o Coronel voltar das férias e falar com ele. Afinal, ele já está inteirado do assunto... Já me acompanhou na Base de Fortaleza, está me acompanhando na Base de Natal... Quer que eu vá pra Campo dos Afonsos, mas quero ir pro Recife...

Demorou e eu disse: "Sargento..." Olhei o telefone e a ligação ainda estava lá. Fiquei: "sargento, sargento..."

Sob risos incontroláveis ela disse: "Oi... kkkk... Senhora, desculpe, estou aqui kkkk... a senhora falou comigo tudo isso, mas o departamento dele agora é outro... kkkkkkkkkk Mesmo assim, escreva pra ele, mande um e mail. (risos) Ele ainda está no CECOMSAER, já voltou das férias, mas está em outro setor... kkkkkkkk... Não custa tentar... Aí, ele vai lhe direcionar melhor no seu projeto. Mas valeu, foi muito bom falar com a senhora.

Eu: kkkkkkkkk Vala mulher, eu não sabia que ele tinha mudado de setor... _ Não, senhora (kkkkk) foi um prazer. Escreva pra ele (kkkk)

Respondi, vermelha de vergonha e aos risos: "Tá bom, sargento. Fazia tempo que ninguém se interessava assim pelos meus papos loucos. vou escrever pra ele sim. Obrigada e tchau.

Ela: kkkkkkkkk Tchau, tchau...

Tenho certeza que o dia da sargento sem aquelas gargalhadas não teria sido o mesmo. Porque o meu foi show de bola!

Solange Guimarães
Enviado por Solange Guimarães em 23/01/2013
Reeditado em 30/01/2013
Código do texto: T4099634
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.