Os 91 anos de vida de Leonel Brizola: lições e considerações
Em tempos de individualismo exacerbado, a vida de Leonel Brizola nos serve de exemplo e de desprendimento pessoal, em prol dos interesses públicos.
Hoje, se vivo estivesse, Brizola faria 91 anos.
Em seus 82 anos, na atuação política no PTB pré-1964 (de onde seria o fundador da Ala Moça, como líder estudantil - precursor da Juventude Socialista) e mais tarde, pós-regime civil-militar, no comando do PDT, seu exemplo na dedicação ao país e ao seu povo foi uma marca imprescindível.
Hoje, quando somos tomados por práticas de oportunismo e de falta de solidarismo, as lições de Brizola nos guiam na construção de uma sociedade mais justa e igual.
Em pleno início de autoritarismo do Regime Civil-Militar, Brizola no Uruguai em 1964 falaria uma vez aos exilados: "Aqui não há chefes nem subordinados, o exílio iguala a todos. Somos todos ex-alguma coisa, apenas pessoas fora de seu país sem outra possibilidade senão a da união essencial acima de nuances ideológicas. Quando nenhum de nós tiver mais de uma camisa, devemos rasgar a única camisa ao meio e dar a metade para o companheiro que estiver de peito nu."
Quem hoje teria esta postura cristã e solidarista de esquerda? Quem, nos partidos de esquerda, teria tal postura prática hoje em dia, em prol de seus companheiros?
Este era Brizola, a frente de seu tempo... exemplo e marca de vida, diante da ausência de paradigmas e valores.
Brizola... 91 anos de memória. Sua memória na alma e no coração do povo faz seus ideais vivos. Vivos como seus sonhos de uma pátria livre para o seu povo.
Leonel Brizola... esse é o homem, com nome e sobrenome.