de MALA e CUIA

Eu só tô com medo, e não tenho vergonha alguma de assumir isso.

Medo do incerto, do desconhecido, do inesperado.

Medo das palavras que saem sem sentido algum do coração das pessoas. Pq é do que ele está cheio que a boca fala.

E costuma machucar tanto, sabe?

Ainda tenho medo do estrago que elas podem causar.

Medo de suas "reais" intenções, disfarçadas por trás de um sorriso e um belo par de olhos azuis.

Ainda não me acostumei com as mentiras que um sorriso pode carregar. Nem com a ilusão que os olhos podem me fazer acreditar.

Falsas verdades.

Romantismo barato de quinta.

Não me acostumei com os convites por detrás do buquê de rosas. Não aprendi ainda a enxergar direito a beleza por detrás dos espinhos.

Ainda tenho medo de certas aproximações.

E sou de voltar duas casas, uma vez que me sinto inseguro.

Tem que me fazer acreditar pra eu poder querer.

Tem que me seguir sem ter que esperar um convite meu.

Sem muitas expectativas.

Sem cobrar muito.

Sem esperar muito.

Pq eu também não tenho muito.

Tem que ir me roubando aos poucos, me conquistando, me ganhando sem que eu perceba.

Tem que me aceitar de mala e cuia, sem restrições.

Me ver revirar do avesso e ainda assim ficar.

Não desistir no primeiro obstáculo, não bater as portas, gostar do meu lado bom e do meu ruim também.

Quero ser feliz do jeito que mereço, mas não me pergunte que jeito é esse pq eu ainda não sei. Ainda estou descobrindo. Tenho um caminho para trilhar, um destino a chegar e eu não sei se estou no caminho certo. Só vou descobrir quando chegar lá.

Em qualquer lugar.

Reges Medeiros
Enviado por Reges Medeiros em 22/01/2013
Código do texto: T4097988
Classificação de conteúdo: seguro