Por onde andou meu coração...

A sensação de voar na imensidão do universo é gratificante, satisfação maior é se sentir livre sendo guiado simplesmente pelo o pensamento, planeando sob nuvens, sentir a brisa perfumada da madrugada, o silencio da noite. A liberdade reina absoluta. Tudo isso é um balsamo para alma, que ao se conduzir para o além do corpo se transforma no ser viajante, que trafegar por terras desconhecidas.

Cidade luz, bela, que reflete a aura de felicidade dos ocupantes, que se cumprimento com pensamento puros que por se assim dispensam palavras seus gesto saem diretos do coração.

A visita se iniciam pelo o imenso mosteiro, os caminhos não são muito largos se perdem nas dobras das longas matas, vegetação exuberante, bem tratada. Meus pés caminham como se soubesse cada atalho, cada segredo dos corredores extensos. Meus acompanhantes são amigos conhecidos dos laços terrenos, por lá a amizade era a mesma.

A cada novo aposento visitado, uma história diferente, todos seres humanos sofredores presos a uma cama, a invalidez do corpo, em alguns pude sentir a podridão da carne humano, hálito nocivo, olhar arregalado, gestos clamando por auxilio, meus laços terrenos me deixam presos, desbeiçado, não sei como oferecer o auxilio adequado. Meus amigos vêm em meu socorro. Conduzem-me ao outro lado do mosteiro.

A visita se prolonga, agora os quartos visitados parecem-me ser uma grande maternidade, muitas mulheres em vários leitos, enfileirado. Novamente o odor de carnificina paira no ar. Sufoca-me as emoções, quantas mulheres passando por momentos de desespero, restos fetais, sangue, muita sujeira, uma grande desordem, alguns médicos e poucas enfermeiras, quantidade insuficiente par dar o socorro devido. Novamente sinto-me mutilar. Meu coração é golpeado, são vários rostos estranhos, fico confusa, peço autorização pra me retirar, sinto cansaço.

Ao amanhecer o corpo, apresenta dores físicas, coração tristonho, nas narinas o odor se faz presente. Desperto e tenho a plena sensação que a jornada foi longa, porém na missão desempenhava apenas o papel de aprendiz.

Dilene Moreira
Enviado por Dilene Moreira em 12/03/2007
Código do texto: T409710
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