MENINO DE RUA
 

Observando da janela de um prédio, vejo perambulando na avenida varias crianças da faixa etária dos 8 a 12 anos, de ambos os sexos.
Uns a venderem guloseimas enquanto outros a brincarem no meio dos carros que circulam, sem ao menos se preocuparem em serem atropelados.
Subitamente um carro de um órgão governamental aparece e os seus ocupantes se dirigem em direção às crianças fazendo com que elas saiam em disparada pelas ruas do distrito. Percebo que se trata de um órgão da Secretaria de Bem Estar Social, o que não são bem aceito pelos menores.
A esta altura, todos somem do local, só reaparecendo horas depois para continuarem a praticar pequenos delitos.
Procurei acompanhar o desenrolar do dia destes garotos e pude perceber que tudo que eles praticavam de ilícito era para sustentar o danoso vicio do toxico.
Num determinado momento ouço gritos assustadores de pega o ladrão e vejo uma criança correndo de uma multidão enfurecida. Observo que ela se dirige a um determinado casarão abandonado com entradas e saídas para outros logradouros, impossibilitando que as pessoas que o perseguem consigam prende-la.
Passam algumas horas, e sem que as pessoas notem, aquela criança aparece em meio a outros colegas, numa demonstração de que nada acontecera.
O casarão que ele utilizou para fuga é o quartel general de todos os delinquentes juvenis que vivem nas ruas da cidade. Ali, eles têm acesso ao toxico, principalmente, ao crack.
Os pequenos furtos são executados para garantir a manutenção do vicio.
As garotas se prostituem para poderem contribuir com os seus vícios e os vícios dos seus próprios pais.
Muitas destas crianças recorrem às ruas por serem maltratadas pela própria família. Quando estão nas ruas se sentem em liberdade, dificultando com isso o seu retorno ao lar.
Muitas destas crianças tornam-se verdadeiros bandidos, pois lhes faltam opção para uma vida melhor. A policia, por sua vez, intensificam severas vigilâncias nestes delinquentes juvenis. Os marginais adultos a utilizam para furtos e assaltos a mão armada, pois sabem que a eles não são imputadas penas rigorosas e sim prisão sócio educativa, e ao completarem maioridade estarão livre de qualquer debito com a justiça.
Este é o circulo vicioso que danifica a nossa juventude. Lamentavelmente, a sua maioria são de pessoas de classe menos favorecidas e de raça negra.
Assistimos este filme aonde quer que estejamos em nosso País.
A única saída para exterminar este tumor maligno impregnado em nossa sociedade é o governo constituído investir, sem limites, em Educação, Saúde, Emprego e Segurança.
Cabe aos nossos representantes criarem, divulgarem e implantarem projetos que venham a contribuir com a sociedade por uma vida melhor.
As instituições religiosas ao invés de proporcionarem manutenção alimentar, sem impor responsabilidade, ensinar como podem e devem plantar para colher o pão de cada dia.
É preciso que eles tenham o discernimento de saber que só o trabalho constrói e que os vícios danosos os destroem.
Leonel Farias
Enviado por Leonel Farias em 21/01/2013
Reeditado em 08/10/2013
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