Considerações sobre o amor
O sentimento sublime é aquele que se dá a partir da unidade, no companheirismo e na cumplicidade. Ele, o mesmo sentimento, se dá principalmente entre altos e baixos; entre momentos de crise e também de oportunidades.
O que difere o sentimento sublime da paixão oportunista está na nobreza de propósitos e no respeito mútuo. As divergências podem surgir, mas elas não podem ser maiores que a admiração mútua, construída a base de provas, dificuldades, labutas e vitórias.
A paixão oportunista se dá a partir da mera atração física - por vezes, apenas de foro sexual, desprovido de qualquer sentimento de companheirismo. E muitas vezes, esta ação se exaure a ponto de acabar por si só.
O amor se dá através de muita luta e de pactos mútuos. Quando não se há parceria, o amor se desidrata e aos poucos murcha. Mas quando o amor é regado pelo respeito mútuo e pela atenção - sem abusar também pela inconveniência -, o amor se torna vivo, alicerçado e pleno.
Creio não ter falado tudo. Claro... não dá para teorizar o amor. Mas o amor, ainda não sendo teorizado e sim sentido, pode ser muito bem descrito. Ele é sublime. Paciente. Dedicado. Especial. E, principalmente, compreensível, entre as nossas falhas e parcas limitações tão presentes na nossa vida medianeira.
É, sobretudo, o amor que eleva o ser humano em toda a sua plenitude. Só o amor nos transporta da mediocridade para a vida plena e a paz plena, porque Deus é a plena essência deste amor.