Brinquedinho moderno

 
Enquanto a manicure fazia minhas unhas, notei num banquinho ali perto algo parecido com um livro. Percebendo minha curiosidade, ela o puxou para mostrar. Era um tablet, desses de capa molenga. Nossa, exclamei, desses aí eu só vi na televisão.  Na novela a toda hora as pessoas abrem um assim e logo aparece alguém falando lá da Turquia! Muito melhor do que o meu notebook. Será que a carioca chique que foi viver na caverna vai aparecer?... Na Capadócia não deve ter problema de conexão, ela fala numa boa a qualquer momento com a amiga que está no Rio de Janeiro! A mocinha riu e explicou que era bom mesmo, a gente pode falar com quem quiser até andando pela casa. E se bobear, nem precisa pagar internet. Mas pelo aparelho ela pagou mil reais. Confesso que na hora fiquei chocada, quantas unhas pra pagar um tablet... Depois relaxei, pensando nas suaves prestações. Afinal aquele aparelhinho além de proporcionar o telefone com vídeo, é na verdade um computador, através do qual ela pode trocar mensagens, colecionar fotos, saber das notícias, se informar, conectar-se com o mundo. Com a facilidade de fazer isso em qualquer lugar, até andando pela casa como ela mesma disse.

Saí de lá pensando bobagens. Não preciso de um tablet, mas que me deu vontade de ter um, deu.