GUARUJÁ

No dia sete de janeiro do ano passado, tivemos a grata satisfação de conhecer, pessoalmente, a consóror Esther Ribeiro Gomes que, gentilmente abriu as portas da sua casa no Guarujá e nos apresentou à sua família.

Para comemorarmos a data, decidimos Márcia e eu, que deveríamos visitá-la outra vez.

E nesse dia oito, logo cedo descemos a serra rumo ao litoral.

A sequência das imagens que desfilam pela janela do ônibus, é um belíssimo espetáculo que tem o dom de transportar-nos aos séculos passados, quando a estrada de hoje, não passava de uma trilha e que, apesar do progresso conseguiu manter-se encantadora.

Os pequenos filetes de água saltam das pedras, indiferentes às consequências do choque que levarão ao entrar em contato com a rocha maciça que os espera lá em baixo, repetindo o ciclo que a água executa milênio após milênio, cuja magnitude está muito além da nossa compreensão.

Antes mesmo de nos instalarmos na pousada fomos ver o Aquário do Guarujá.

Trata-se de uma instalação incrivelmente grande, onde temos a oportunidade de ver as espécies aquáticas das duas águas, doce e salgada.

Vimos os gigantes amazônicos, pirarucu (Arapaima gigas) e tambaqui (Colossoma macropomo);

as pantaneiras, piranha (Pygocentrus natterery) e a temida pirarara (Phactocephalus hemioliopterus);

os antárcticos pinguins de Magalhães (Spheniscus magellanicus) e leão marinho (Otaria byronia);

os nossos conhecidos tubarões lixa (Ginglymostoma cirratum), cabeça chata (Carcharhinus leuca) e tigre (Galeocerdo cuvier);

as tartarugas de pente (Erectimochelys imbricata), as enguias (Gymnothorax funebris) e um sem número invertebrados, hidroides, corais, anêmonas, ouriços e todos aqueles peixinhos de águas rasas que fazem a alegria dos seres humanos que têm a oportunidade de frequentar uma praia preservada.

Logo depois do almoço fomos ver Esther e família.

Ainda bem que ela gostou do pinguim bomboniere que levamos, porque na véspera, lá em Pedreira, perambulamos por grande parte do comércio à cata de algo que fosse marcante para simbolizar o nosso reencontro.

Depois de muito procurar encontramos pinguins, cuja variedade do estoque estava defasada por causa do movimento do final de 2012.

Eu separei três opções:

a primeira, um conjunto de três pinguins com mais ou menos 10cm de altura, em poses diferentes;

a segunda, um pinguinzão daqueles tradicionais para se por na geladeira (como antigamente) com uns trinta centímetros;

e a terceira, um pinguim com 20cm de altura, “gordo”, com gorro e cachecol vermelhos, daqueles que, em se tirando a cabeça, fica um “porta treco”.

Márcia disse: é este! (mulher sabe das coisas, porque Esther achou ótimo).

Escolhemos também uma caneca estampada com joaninhas para nossa amiga Carol (filha de Esther).

Ainda estávamos desfrutando da visita quando a chuva que até então era insignificante, miúda, resolveu engrossar.

Mais tarde, na hora de ir para a cama, em mais uma demonstração de gentileza, Esther nos levou para a pousada.

No próximo janeiro, “concertezamente” repetiremos a visita.