Adultos? nem tanto assim.

O dia amanheceu com jeito e cheiro de férias. Tudo ilusão. Era um dia como qualquer outro e ela teria que levantar-se para ir a faculdade. Na noite anterior ela encontrara seus amigos de escola e as meninas que eram suas melhores amigas. Há quatro anos ela talvez fosse a mais ingênua e imatura do seu grupo de amigos. Agora, com quem ela tinha vontade de parecer já não lhe provoca nenhum tipo de admiração. Pelo contrário, nítidas ficavam suas “qualidades” trazidas do ensino médio, da tão distante adolescência. A menina, ou melhor, a mulher perguntou-se o porquê da necessidade de sermos precoces, de termos pressa para sairmos da infância e empacarmos na adolescência. Freamos bruscamente e ali ficamos. Só bem lentamente o andar para frente, o passo seguinte é possibilitado. E mesmo assim parece que os que continuaram em inercia querem a volta daqueles que progrediram. Como se necessitassem de um bando de ignorantes para se sentirem satisfatoriamente bem, confortáveis, maduros na sua eterna imaturidade. Ela pensava nessa situação desconfortável e via que para alguns os anos deixaram de ser a solução. Pessoas adultas com cabeça de inconsequentes adolescentes. O problema não envolve o eterno espirito jovem dos adultos, mas as suas ridículas atitudes, cometendo erros crassos como se tivessem abandonado as fraudas antes de ontem. Espero que os velhos adolescentes ou quase adultos cresçam e que as crianças permaneçam crianças por um justo tempo, implorou ela para o vazio de suas desilusões.

mmmalencar
Enviado por mmmalencar em 17/01/2013
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