ANATOMIA DE UM LEITOR!!!

Nesse contexto anatômico do leitor não pode haver a separação entre o processo (leitura) e o produto (livro). Pois, na interlocução o sentido se constitui a cada momento de forma múltipla e fragmentária.

Múltipla, porque cada leitura realizada se integra a particular experiência mundo/vida de cada leitor...

Fragmentária, porque “fragmento de vida” representa uma determinada parte da anatomia vital do leitor...

O leitor crítico conhece todas as partes de um processo eficaz para uma boa leitura, numa autopercepção e desenvolvimento de um crescimento pessoal, mental, emocional e cultural, como ferramenta adicionais de socialização e interação, dando um salto de consciência e transcendendo o egocentrismo e evoluindo na percepção do conhecimento geral de mundo.

A formação do leitor inicia-se no seu esqueleto humano, utilizando–se dos seus órgãos essenciais para a possibilidade de diversificar o seu próprio conhecimento de mundo, através do livro e compreendendo a essência do seu lugar no mundo.

Assim sendo, essa anatomia bem desenvolvida vai formar leitores críticos, percebendo que atrás de cada ação há um sujeito com uma visão de mundo (um universo de valores), uma intenção...

Para tanto, o ato de ler necessita de uma anatomia bem definida, onde o leitor precisa ser visto como peça fundamental no processo de leitura e na interação leitor/texto e leitor/mundo.

A contextualização desse texto esta voltada para o desenvolvimento do raciocínio crítico e lógico do leitor, despertando o prazer para a leitura, numa luta por alcançar um lugar de privilegio na pirâmide de conhecimentos gerais.

Quem ler muito abre um leque de objetivos e finalidades, ampliando informações para um mundo de novas alternativas...

E, assim, vai construindo seu significado com mais autonomia e segurança.

Na realização desta observação dos sentidos vitais de um leitor, percebemos um crescimento acelerado na comunicação e na informação de leitores participativos, ativos, competentes e críticos, capazes de ler e compreender melhor o mundo em que vive e sua própria realidade de cidadão.

(Solange Gomes da Fonseca)