OS SOBRENOMES

Para falarmos da origem dos sobrenomes brasileiros, se faz necessário abordar, embora que de passagem, a colonização brasileira, quando pra cá vieram os “desbravadores.” Os homens que condenados estavam nos calabouços portugueses e recebiam a extinção de suas penas, desde que fossem para o Brasil matar os índios, isso mesmo, vinham para fazer quantidade e dizimar os verdadeiros donos da terra. Justificando, o Brasil não foi descoberto, foi tomado na força bruta e covarde.
Essa foi a origem de muitos que por aqui chegaram. Depois vieram os que estavam morrendo de fome da Itália, no Japão, os que fugiram da guerra, inclusive os nazistas entre eles Josef Mengele, ladrões como o famoso Ronald Biggs e outras mercadorias.
Houve ainda os negros que eram sequestrados na África e trazidos na marra, para servirem os verdadeiros bandidos, não vejo outra denominação para quem sequestra e escraviza o ser humano, bandido.
Essa é a verdadeira origem dos nossos antepassados, se o seu não está descrito leitor, acrescente-o, vai melhorar a crônica.
Se o seu sobrenome não está incluso nessa turma de gente que aqui chegou, você é um privilegiado, tem berço, que nem diz os colunistas sociais.
Muita gente dá mais importância ao sobrenome que seu próprio nome. É uma prática comum algumas pessoas se apresentarem com seus sobrenomes, deixando de lado o belo nome que seus pais o deram.
Na caserna então nem se fala, o tenente Farroupilha; o Coronel Almada; o almirante Portanova e assim por diante, dizem eles que é uma regra ser conhecido pelo nome dos seus antepassados, claro se foram boas pessoas.
Os jornalistas no final dos anos oitenta entraram na onda de acrescentar uma letra aos sobrenomes das “personalidades,” não se sabe se por numerologia que nem fez o Jorge Ben ou apenas para dar aquele toque high society.
Os sobrenomes de origem estrangeira são o máximo, quem tem um italiano é mais que chique. Existem ainda aqueles que nem o próprio portador consegue pronunciar, e quando interpelado por algum amigo justifica a origem nas dez últimas ascendências da sua família, que inclusive veio da Europa etc. etc.
A moda caiu na gosto popular com a eleição do presidente “caçador de marajás,” quando a imprensa acrescentou mais uma letra ao seu sobrenome, passando a ter uma grafia “sofisticada.” Quem tinha o mesmo sobrenome estava por cima, mas quando o homem foi cassado e execrado todos certamente omitiam.
No filme Hitch o conselheiro amoroso, nos deparamos com uma cena onde os astros Will Smith e Eva Mendes, acham o nome do avô da moça no livro de imigrantes dos EUA, queria o personagem impressionar a sua pretendida, mas o tiro saiu pela culatra. Ao ver o nome do seu antepassado: Juan Melas, a moça correu e entrou em desespero. Pois o referido senhor era nada mais nada menos que um matador perigoso, que a família fazia questão de esquecer, apelidado de: “o açougueiro” imagine o por quê?
Há as histórias engraçadas com sobrenomes, uma certa criança ao comemorar uma data festiva de feriado nacional na escola, disse que seu sobrenome por ser igual ao nome do homenageado era parente do referido senhor. Foi o fim, sofreu bullying até desistir da escola. Quando chegou em casa lhe foi explicado que aquele nome que ela carrega como sobrenome e que é idêntico ao nome da personalidade histórica nada tem que ver com o mesmo, pois aquele era apenas o seu apelido por exercer ainda que de forma ilegal a profissão de dentista.
Conheci algumas pessoas que foram para Portugal em turismo, lá por curiosidade foram buscar os antepassados. Meu deus, pura desilusão, não eram pessoas muito honradas, talvez, foram algumas daquelas que vieram matar os índios.
Sobrenome é muito bom usá-lo, desde que sua origem ou atualidade seja de coisas boas, ricas, ou que estejam no poder. Alguém aí quer ser parente dos: Genoíno, Dirceu, Cachoeiras, Soares, Cunha, Nahas, Cacciola, Pitta. E muitos outros já esquecidos pela mídia e o tempo, certamente que não.
Portanto, chega-se a conclusão que melhor é usar seu nome, aquele que seus pais lhe batizaram, escolheram pra você, não importando como se escreva, ele sim denomina quem é você, também conhecido de prenome. Não querendo dizer que você deva menosprezar o sobrenome, ele faz parte da sua vida.
Por fim, veja essa relação de sobrenomes aparentemente importantes: Fritzl; Priklopril; Wayne Gacy; Glen; Lopez; Manson; Bundy; Chikatllo; Hindley; Brady; Ramirez; Berkowitz; Rodrigues de Brito; Costa de Andrade; Bento; Moreira de Carvalho; Bezerra de Lima; de Assis Pereira; Guimarães. Pesquise e saberá quem são http://uninuni.com/serial-killers-famosos/
Depois tire suas próprias conclusões, se é melhor ter nome ou sobrenome.