A  FOTOGRAFIA



     Ela a encontrou por acaso. Acaso? Quem sabe armadilha do destino ou um aviso dos anjos?

     Fato é que a encontrou e mexida ficou. Era como um punhal em seu peito. Seu coração começou a sangrar e a dor alcançou a alma.

     Aquela cena confessava-lhe a história de uma vida. Uma vida selada por laços eternos e inabaláveis. Ela sentiu-se como um peixe fora d’água. Percebeu-se na cena errada, na hora e lugar errados.

     A tristeza a invadiu feito um tsunami rápido e devastador. Sentiu-se sangrar e por horas se permitiu chorar.

     Seca de lágrimas e com um imenso vazio no peito, olhou mais uma vez aquela fotografia... Sabia que o caminho a percorrer seria longo, árido e solitário, mas não havia outra atitude a tomar.

     Desfez-se da fotografia, tomou demoradamente um copo d’água e foi se deitar... Logo o amanhecer chegaria e o dia que teria pela frente não seria fácil...

Ione Rubra Rosa – 15/01/2013
Imagens Google

Ione Barbieri (Rubra Rosa)
Enviado por Ione Barbieri (Rubra Rosa) em 16/01/2013
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