TEM GAIATO EM TODO LUGAR

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Todo dia tem 24 horas, mas têm alguns deles que parece ter 20 e outros 30 horas, não é verdade? Principalmente quando a gente está vivendo bons momentos o tempo passa rapidinho e quando as coisas não estão lá muito boas a gente sente vontade de dar uma prega no tempo. Aí é quando a gente pensa que o dia tem mais de duas dúzias de horas.

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Um dia desses eu fui para o supermercado acompanhada e para ganhar tempo fiquei na fila enquanto o meu acompanhante cumpria a lista de compras. Este dia era daqueles que os afazeres eram tantos e o tempo curto para tanta coisa. Quando ele chegou com o carrinho de compras sai da fila e fui auxiliar o caixa no empacotamento porque por incrível que pareça a maioria dos clientes fica parado esperando que o caixa passe o troco e depois embale a mercadoria. Na verdade eu queria mesmo era sair dali, Para agilizar outras coisas que estavam pendentes e precisavam ser resolvidas. Resolvi ajudar.

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Quando comecei a por as compras no saco o cliente dono da mercadoria foi logo chiando: epa, estas compras são minhas. Respondi com prontidão, sim senhor, estou apenas colaborando coma a caixa e com você também. Ele entendeu e agradeceu.

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Mas o interessante mesmo foi um outro cliente. Veja só o que vou relatar. È incrível, mas aconteceu.

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Para facilitar o troco a caixa do supermercado perguntou ao cliente:

- O senhor tem dois reais?

O cliente respondeu:

- Tenho sim. E continuou parado que nem uma estátua. Sem nenhuma ação. Enquanto isto a fila se alongava.

A caixa esperou um pedacinho e muita tranqüila insiste novamente na pergunta.:

- O senhor tem dois reais?

- Ele responde afirmativamente e continua sem ação. Nem sequer abriu a carteira ou procurar o dinheiro no bolso.

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Diante da morosidade o pessoal da fila já começa a ficar irritado e o homem continua paradão. A caixa indaga novamente.

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- O senhor tem dois reais para facilitar o troco?

- Já disse que tenho dois reais minha senhora, tenho muitos dois reais, mas estão lá em casa.

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Não sei se ele era “um gaiato” ou tinha um parafuso a menos naquela cabeça que aparentemente era normal.

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De uma forma ou de outra, todo mundo começou a rir da situação. Pelo menos serviu para relaxar.

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Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 15/01/2013
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